By Eu Mesmo
Eu queria ser um Poeta que não soubesse declamar,
Daqueles, que somente rindo ou chorando,
Expressassem mais do que palavras ressoando,
Escrevendo poesia em corações, só com o olhar
Eu queria ser um poeta do absurdo, do ridículo,
Daqueles que zombam de todos os zombeteiros,
Que da graça, do gozo e da fortuna são herdeiros,
Proseando a vida muito além de um mero testículo
Queria eu ser o poeta das sombras, misterioso,
Que belicoso, vai a luta, da algazarra a surdina,
Dos que vencem a batalha do raiar de cada matina,
Dos que se se impõe ao mundo com rugido poderoso
Mas só sou dos fracos poetas de canções de amor,
Que egoístas, cantam seus ganhos e suas perdas,
Rumando tão inexoráveis para as mesmas veredas,
Enclausurando em nosso ser, toda a glória e esplendor...
Éramos
By Eu Também
Éramos somente duas respirações em um corpo só,
èramos assim, da luz a luz, do pó ao pó,
Éramos como aves singrando as alturas,
mitos em comunhão, traçando vidas futuras
Éramos simples, até nas brigas éramos unidos,
Éramos algo além do que apenas "queridos",
Éramos um pouquinho mais, do que se esperaria,
Pois éramos, certinho, o que cada um queria
Éramos verdadeiros, como crianças, nós brincavamos,
Éramos tão matreiros, como fogo, nos amavamos,
Éramos como chaves, chaves dos campos da felicidade,
E, ao mesmo tempo, esta metáfora de cumplicidade
Éramos Fábulas crescidas, realidade romanceada,
Éramos bem distantes, da rotina cadênciada,
Éramos nova força, para tudo a que viríamos.....
.Éramos, é porém mais um simples seríamos
O que sei
By Antonio Tadeu (que sou eu, igualmente)
Sei da tua dor e do amargor de ser quem é
Sei das despedidas, dos custos e da falta de fé,
Sei que ser você é difícil, irrepitivel até,
Mas sei que existe mais além do óbvio que sei,
Das cousas tão incriveis, que aprendi onde errei,
Eu sei o que senti, e, creia, sempre sentirei,
Consinto a ti, numa cega exclamação em flamas,
O fluir das palavras, das alegrias que conclamas,
No verbo inusitado e ousado, lido para quem chamas,
Nascendo no ruir dos lábios e no açoite da língua,
Neste doce açoite da felina que deixas a míngua,
Que me dá grito a garganta, que amarga, te xinga,
Que ferida me faz sentar sem saber de mais nada,
Pois o que sei além de qual face minha, enamorada,
É cuspida e escarrada do mel saido da boca almejada,
Em um doce alento que insulta sem querer insultar,
Sem saber querer me ensinar a parar de lhe desejar,
Sabendo que neste mundo, a cada segundo, só sei te amar...