quarta-feira, setembro 23, 2009

Okay, fazia muito tempo que eu não escrevia para o Blog...


Para contar a verdade ando escrevendo algumas outras coisas, fazendo um projetos aqui e ali, então já viram como fica o tempo para se dedicar ao blog, ainda mais eu que gosto de escrever pra caraco...



Seguindo, eu gostaria de dizer que há uma grande chance de eu ir a 16ª Edição do Fest Comix que vai ter em Sampa em Outubro (nos dias 16, 17 e 18), então se alguém que ler isso aqui me ver, é só dar um oi... ou sei lá, tacar uma pedra na minha nuca por ser tão chato!!! Se for eu devo, talvez falar em um painel sobre estar escrevendo para O Cometa (HQ nacional), mais informações aqui, aqui ou aqui, mas aviso em todo o caso.


Bom, vamos ver, dessa vez eu gostaria de falar algumas coisas que me vieram à cabeça enquanto conversava com uma pessoa querida, a respeito daquilo que é o sentimento-mor dos seres humanos. Amor.


- Essa foto representa bem o flamejante coração dos enamorados...


É meio batido falar de amor, ainda mais depois que meu caro amigo Pedro Bahia, gravou um podcast em seu Diário Prático a respeito do tema (ta, tudo bem que é voltado para os quadrinhos, mas ainda sim é sobre a representação do sentimento), mas veja que eu não estou falando disso perto do abominável dia dos namorados. (Sim, não gosto dessa jogada comercial!!!



Quando a Filosofia concorda com a Genética


- Filosofia significa AMOR pela sabedoria...


Para começar, acho que a pergunta que vão me fazer é: o que diabo você pode me dizer a respeito de amor??? Quem é você para me dizer algo a respeito??? Então, só posso dizer que não sou ninguém, mesmo, de fato, se sou ninguém, é só você ignorar o que eu digo, mas se está a ler isso aqui, então deve ter um pouco de respeito pelo que eu penso. Dessa forma a gente começa com a premissa mais básica do amor, que cada um tem o seu.


Talvez o sentimento todo, apesar de tentarmos igualar com metáforas, poemas e etc, seja tão grandioso e difícil de descrever porque ele depende muito de nossas próprias noções a respeito do mesmo. Vamos voltar um pouco e olhar o básico.


- O homem como medida das coisas, a genética como medida do Homem


O amor é químico. Não somente químico, mas em grande parte, sim. Schopenhauer dizia que procuramos alguém que seja o oposto a nós mesmos para criar um equilíbrio em nossos filhos. Anos depois a genética sugeriu o mesmo, que pensamos e desejamos uma pessoa diferente para que nossa cria seja mais bem equilibrada. A boa aparência, a que atraí, é analisada mentalmente numa velocidade imensa, e a química de nosso cérebro calcula se esse ou aquele é um bom parceiro ou parceira biologicamente falando. A psicologia sugere que nós buscamos parceiros similares aos nossos pais, por termos neles os modelos iniciais de homem ou mulher. A química do sexo, do beijo, libera substâncias em nossos próprios cérebros que nos enlouquecem.


- Jovem Schopenhauer, todo galãzão de novela... Virou um tiozão bem loco...


Já dá para ver que existem muitas idéias a respeito disso, em um documentário da Discovery sobre o amor a gente percebe que tem muita coisa que não controlamos, o impulso todo é gerado para que nós, como seres humanos, nos sentirmos bem com aquela pessoa e depois de um tempo, copulemos com ela para gerar uma nova vida. Eu sempre achei essa abordagem científica enfadonha e simplesmente triste. Você não ama aquela pessoa porque ela sempre se lembra das músicas que você gosta, que te faz uma bela sopa se você está doente, ou que briga contigo quando esquece de avisá-la de alguma coisa e você só consegue ver as covinhas que aparecem na expressão zangada da pessoa em questão... Sabe, perde toda a mágica...


- A Fórmula do amor: A Rita Lee poderia mudar sua música para "Amor é Química, Sexo é Física"... É, melhor não...


Mas o que é de tão interessante na ciência, a meu ver, é que quanto mais ela explica, mais aparece para ser explicado, e é nessas pequenas incógnitas indecifráveis que toda a grandeza do que quer que seja em questão (no caso, esse sentimento), se ressalta. Afinal, não se explicam as loucuras por amor, o sacrifício que você faz, ou até mesmo o porquê dessas coisas acontecerem assim, nessa ordem. O próprio caos que move a nossa existência já dá um brilho saboroso a esse caldo.


Mas enfim, o ponto é que cada um tem suas próprias referências para olhar desse ou daquele modo para o amor. Em geral, todos nós sentimos reações iguais (a menos que você tenha algum desvio biológico, tipo, sei lá, ceratonina te cause dores de cabeça...), só que nos posicionamos de modo diferente em relação a isso (ta, é meio óbvio, além disso isso serve para tantas coisas, mas dá para ter isso em mente enquanto eu seguir), dessa forma o que eu falar a seguir, tenha em mente que é a forma que eu vejo. Talvez sejam novos olhares interessantes a respeito do amor, ou só merda, talvez sirvam para algo, ou para nada, mas enfim...


Amor em nós mesmos


- This is blasphemy, This is MADNESS!!!

- Madness? THIS IS PLATO!!!


Platão escreveu uma vez que o amor se dividia em quatro tipos de expressões desse mesmo sentimento, e parando para pensar, é uma divisão interessante que gostaria de compartilhar. Eros, que pra quem não sabe é o Deus grego do amor e também um personagem da Marvel, irmão do THANOS de Titã (Acho que usarei o exemplo do Thanos a seguir), que é um amor físico que temos por algo, uma paixão, um romance e um amor mais voltado para o parceiro. Pragma, que é um amor mais voltado para o benefício de se ligar a alguma coisa, é o lado mais egoísta do amor, no qual a pessoa se liga no que poderá receber em troca disso. Philia, que é um amor altruísta que você puramente se entrega sem pensar e que eu ligo muito a um amor familiar, que você sente por seus parentes próximos... por serem parentes próximos, oras... E Storge, que é aquele amor de amigo que você sente por alguma pessoa que lhe é muito cara, mas não necessariamente algo que você vai...


- Essa imagem não tem muito a ver com o assunto... Mas pqp, achei animal hahahaha


Tendo em vista esses tipos de amores, dá para se situar em diferentes momentos. DE que cada um é cada um. Sua paixão pelo seu (sua) namorado (a), aquele que tem por um hobby, esporte ou algo do tipo, aquele que sente por seus pequenos irmãos e pelos seus amigos, todos tem uma forma seleta, mas de todos eles, o que mais é focado e o que mais pode se perder o controle ou não saber o que fazer, é a paixão por outra pessoa.


(Para mais detalhes a respeito dessa divisão, procure O Banquete)


Voltando a Platão, vemos que há outro quesito a ser explorado a esse respeito, o amor platônico. Muitas pessoas acham que amor platônico significa um amor impossível de acontecer, pois tem relação com a teoria platônica do mundo das sombras e o mundo ideal. Explico: para Platão, esse mundo em que vivemos é o mundo das sombras, onde somos meros “reflexos” de outro mundo ideal, onde as coisas são fontes mais puras. O Amor platônico é algo puro, livre de necessidades, é uma entrega total e plena, o amor é uma falta que temos e procuramos no amado, a paixão seria um apego pelas sensações do mundo das sombras, o que nos apegamos para nos sentirmos bem por determinado momento e que depois, passa, por isso o amor seria um sentimento mais perene e a paixão, efêmera.


- A Culpa é da Genética, outro livrinho legal para se ler!


Acredito muito nisso, pois é o que já disse acima, Schoppenhauer e a Genética já disseram, que procuramos alguém para nos complementar, Platão disse isso como Falta, porque algo realmente nos falta. O ser humano não é um animal completo, afinal, senão, seriamos organismos que nos reproduziríamos por processo de meiose. Procuramos por alguma pessoa que nos complete, para termos filhos, mas não só isso. A vida não é só crescei e multiplicaivos, não mesmo, somos a soma de cada geração anterior e através de nossos filhos e netos (espero), iremos muito além, pois a vida é para ser vivida e sonhada e todo o seu imenso objetivo desconhecido, alcançado mesmo sem saber, e o amor é a extrapolação física e mental de sermos um único indivíduo.


- Troca altruísta, o amor não pode ser comprado... Já o pretenso amor...


O amor nos impele a tentar completarmos o nosso ser, mas isso é mais complicado do que parece, não é só como juntar dois pedaços de lego para montar algo. A meu ver, isso é como uma troca deve ser uma troca, só que altruísta você não pode exigir que alguém te ame, só porque você ama essa pessoa, talvez esperar, mas não exigir, pois o verdadeiro amor, como já disse é altruísta. Você simplesmente entrega seu amor, por isso ela é uma emoção tão forte, porque é desprendida, você não pode roubar o amor de alguém, se ele é algo externo a ela. É por isso que também temos o caso do amor platônico (erroneamente chamado assim, como eu disse), de alguém gostando de alguém de modo não recíproco.


- Hahaha, muito bom!!! Tirei essa aqui do site das Malvadas.


Em suma, você entrega seu amor para alguém, não espera que isso seja por alguma coisa, mas se a pessoa faz o mesmo, esse é o amor verdadeiro, essa sensação é a que arde no peito e que constrói e reconstrói a cada dia e é o que realmente é raro de se ver, pois é algo latente entre dois indivíduos que se unem para evoluírem como seres humanos e como par.


Amor: relação, traição e separação


- Mapa das relações... Confesso que não entendi Zorra Nenhuma lol


Relações humanas são complicadas, porque mesmo dentro do curto (relativamente falando), porém longo tempo de vida do ser humano há sempre o perigo de um “i” ficar sem pingo e isso fazer todo o castelo de cartas desmoronarem. Antigamente, o casamento era um contrato rígido, cujo interesse prático da coisa toda (criar alianças políticas, gerar herdeiros e ter uma “puta” pessoal), superava quaisquer interesses românticos.


- Sejam compreensivos, antes que qualquer discussão...


Pense bem, o pai de uma dama deveria permitir que um homem flertase com ela, se fosse de boa família e pudesse sustentá-la. Ai teriam visitas consentidas e vigiadas, um noivado e ai sim um casamento. Claro que isso do ponto de vista ocidental, ainda é assim em muitos lugares do mundo, mas enfim, isso é uma outra história.


... termine com um eterno basta...


Com o início da libertação sexual das mulheres (e relativamente dos homens, apesar deles irem em puteiros desde os templos bíblicos), e de ficarem cada vez mais independentes, a coisa mudou de figura. Não que os homens pararam de ir em puteiros, não isso, mas para casar, o homem não negociava com o pai ou com a família da mulher. Ela iria escolher quem ela queria, não precisaria ser virgem para agradar o marido e tudo mais, então a mulher ficaria com quem ela quisesse não necessariamente com um homem rico que a sustentasse (bom, a falecida Anne Nicole Smith discordaria de mim, mas), e com o passar do tempo isso se tornou uma possibilidade, de não precisar estar com alguém que você não goste. O amor passou a assumir essa posição, era a cola que ligava duas pessoas em uma relação, mas é uma visão errada, pois isso é relacionamento, que não precisa ter necessariamente amor no meio.


- É isso aí meninas! Vão queimando todos seus sutiãs até não terem mais nenhum... Er, lembrando que nem todas vocês precisam fazer isso, só as que tem tudo lá em cima...


Pode parecer uma obviedade, mas amor não é relacionamento, apesar de estarem ligadas intrinsecamente. Veja, você pode simplesmente amar uma pessoa de verdade, mas não dar certo você ficar com ela, por ser problemática por si só... Ou se dar hiper-bem com uma pessoa e não amá-la, não ter química ou aquele algo a mais.


Como disse acima, às vezes o amor não resiste a uma relação, e nem cabe a ela. No caso de uma pessoa que seja muito complicada se relacionar e isso ir minando o gosto de outrem pouco a pouco. Dizem que gostamos de alguém por suas qualidades, mas a amamos por seus defeitos. Eu até entendo isso, sério. Eu penso que esses defeitos conseguem ressaltar as qualidades, e ainda dão graça a coisa toda (além do fato da pessoa sempre achar que pode sanar a outra e a tornar melhor), mas as vezes, com o tempo, isso pode se tornar uma fissura.


Algumas imagens eu peguei deste site, Datingish... Que é todo dedicado as pessoas que terminaram um relacionamento recentemente...


Saber contornar isso é essencial, não vou dizer como fazer isso, porque simplesmente não sei. Até tenho idéia, pois é só sendo cuidadoso, atencioso e principalmente não sendo orgulhoso, é preciso aprender a entender a outra pessoa em outro nível, que é o que se espera quando você passa tanto tempo com alguém. Isso é o famoso DR (Discutir Relação), que muitos vêem como um tormento maior que canal e mais angustiante que esperar até sexta (Sei lá, fiquei sem metáfora), mas é necessário, assim como um carro precisa de manutenção e o motorista atento a qualquer irregularidade na estrada (opa, essa funcionou!!!).


O que qualquer pessoa pode achar mais terrível é a traição. Você dá confiança para alguém e essa pessoa vai ter algo com outra pelas suas costas. É horrível de se pensar nisso, pois é como se tudo o que você entregou não valesse tanto para essa outra pessoa que ela precise de outra(s) para se saciar. É fato que a maioria das mulheres teme mais que o homem a traia com algum sentimento por outra, e os homens sentem medo da mulher simplesmente traí-los por sexo, mas esses medos só refletem o que cada pessoa estaria procurando, ou acha essencial em si.


- Traição (agora sei como surgiram os Elefantes menores e bípedes de Babar)


Muitos homens, entretanto acreditam que a traição é algo natural e que eles devem mesmo ir navegar em novos mares, afinal cada espermatozóide é suficiente para engravidar uma mulher, e uma gozada só produz milhões... Sim, voltando a questão biológica o homem é feito para engravidar mais de uma mulher. Orangotangos tem testículos menores que a dos homens, por simplesmente dominarem o bando, e as fêmeas e não se preocupando tanto com concorrência genética, eles chegam nas Orangotangas, “tangam” com ela uma vezinha e essa já ta valendo. Já os Chimpanzés tem testículos bem maiores que os dos humanos, porque ninguém é de ninguém. Na época do acasalamento, uma chimpanzoa dá mais que periguete em baile funk proibidão, e vários Chimpanzés mergulham de cabeça no ato, para garantir que seus genes predominam. De fato, até descobriram uns tempos atrás uns espermas kamikazes, muito loucos, tipo umas porras assassinas feitas para destruírem qualquer outro tipo de esperma, para evitar que outros genes fertilizem a fêmea... Em suma, sim, o homem foi feito para ter múltiplos casos, mas isso é genética, também fomos feitos para matar quem nos desafie, mas nos dias de hoje isso dá cadeia e devemos nos superar.


- Sossegue Mário, você tem muito mais colhões que o Donkey Kong (bem, isso se o que serviu para Orangotangos, também servir para Gorilas lol)


Outro ponto sobre traição é o fato de que culturalmente quem está sendo enganado é a pessoa traída e não quem está traindo (sim, é aquele papo, mulher é traída, homem é chifrado). Mas a meu ver, quem está se enganado é quem vai pular a cerca. Se a pessoa quer variedade sexual, deve falar com a (o) parceira (o), ou então, se aquela pessoa não lhe oferece mais o que oferecia antes (lembrando que amor é entrega...), então deveria deixá-la. Se há algum problema que se precise ir consolar com outro alguém, deveria ser discutido, ainda mais se é só prazer sexual ou do ego sexual (o bom e velho: “to comendo uma por mês, mesmo casado, sou o garanhão de sempre”), a pessoa está apenas perdendo tempo em manter uma relação dessas... Para que? Costume? Que besteira! Se a pessoa lhe dá um abrigo, alguma outra coisa e você a traí e só permanece a ela por algum tipo de interesse, material ou não, você não só se converte em traidor, como em um grande aproveitador, e ai a história é outra...


- Caros amigos, vocês veriam isso como traição ou como oportunidade?


No mais, para encerrar aqui devo dizer que são só ponderações minhas, na prática é outra coisa, é muito fácil falar, mas ter a cabeça fria nesses momentos é uma arte a ser cultivada, como meditação perene para se chegar ao nirvana.



Thanos de Titã e os amores impossíveis



- Thanos de Titã!!! Precisa de tudo isso ai mesmo para lidar com ele!


Tenho que falar de quadrinhos. É disso que eu entendo (na medida do possível e de minhas limitações), e é o que posso falar. (Sim, orgulho de ser nerd e vir aqui dar um exemplo desses hahahaha).


Thanos é uma espécie de semi-deus na Marvel Comics (Homem Aranha, Capitão América, Thor, Quarteto Fantástico e por aí vai), de fato, se bem me lembro, o pai dele era irmão do pai de Zeus, o que faria ele primo de Zeus lol Enfim, diferente dos outros semi-deuses que foram viver em Titã, uma lua de Saturno., por... bem, ele é roxo e tem um queixo que parece um punho fechado (confira comigo no replay... ou no desenho).


- Eros Clássico, ou, como a maioria de nós o conhecemos "Cupido"


- Eros da Marvel, também conhecido como Starfox (não confundir com aquele jogo foda do SNES)


O ponto é que além de ser discriminado por ser diferente do resto das pessoas, Thanos acabou... Sabe, se apaixonando por uma garota aí... er... A morte!!!


Sim, ele viu a morte uma vez, por sua natureza diferente e acabou se apaixonando por ela. E passou toda a sua vida tentando agradá-la, virou um nihilista e passou a pregar a morte. Seu sonho era conseguir poder suficiente no universo para acabar com tudo e agradar a sua senhora morte, mas não importava, ele conseguiu a Manopla do Infinito (uma “luva” onde foram incrustadas gemas com as facetas da realidade que permitiam, bem, ele fazer o que quisesse), e matou metade da população do universo e ela nem tava ai pra ele.


- Olha que casal mais cuti cuti, eles ficam juntos no final :-D


Isso é só um exemplo clássico de uma pessoa que se esforça demais para agradar a outra. Isso nunca funciona, acreditem em mim, é um caminho que não dá certo de forma nenhuma. Talvez seja outra forma de dizer que amor não se compra, apesar de tudo. Mas Thanos é um apaixonado, ele tinha suas filosofias, métodos e conquistas e perseverou no caminho errado até que deixou isso de lado. Resultado... Depois de uns 20 e poucos escrevendo a saga, Thanos acabou com todo o universo e entendeu o significado da vida, para a morte e ganhou o beijo da morte.


- Morte do Neil Gaiman, nessa até eu dava umas bitoca! Sabe, engraçado que dizem que a libido (usado atualmente para designar apetite sexual) é uma força contrária a Morte, pois é algo que nos leva a criar a vida e não se render ao puro abraço da morte... então essa coisa de se apaixonar pela morte é muito engraçado por isso...


Talvez a grande lição disso tudo é que você não precisa desesperadamente querer obter seu amor e simplesmente aceitá-lo como tal e a situação como essa. Eu penso no amor como uma emoção que se basta e que se alimenta, afinal, como eu disse, alguém tem que te amar para você amar de volta? Não necessariamente, mas a sensação de gostar de alguém e como essa pessoa faz seu mundo ser maravilhoso acaba lhe tocando os ímpetos mais escondidos de seu subconsciente. Por isso as pessoas se humilham tanto por nada, perdem chances na vida e acabam tendo tanto remorso e medo de sentir amor uma nova vez, ou correr atrás de algo verdadeiro, preferindo mesmo uma paixão clássica, um bom relacionamento que depois de um tempo se esfria e nenhum dos dois sabe por que está lá.


Enfim, talvez com tudo isso, seja melhor você entender que é possível gostar de alguém que não tem em mesma dose. Então vá viver sua vida. No mais, não quer dizer que você só vá amar uma única pessoa para sempre e sempre, bom, não vai se não der a oportunidade, enfim...


Finalizando Tudo Isso


- Ai. Não, num to com dor nenhuma, "ai" é como se diz "amor" em Japonês e esse é o kanji que o representa!


Ou seja, para fazer um apanhado rápido de tudo o que eu escrevi (a versão resumida para quem não tem saco de ler tudo isso...), o amor é uma questão tanto genética quanto filosófica, uma necessidade que une os homens e mulheres em múltiplos laços (nota, não falei nada de homossexualismo porque, no fim dá no mesmo... er, sem trocadilhos!!!), fundamentais para a vida e evolução de cada indivíduo. Como somos únicos, também olhamos esse mesmo fator com olhos sem iguais e, por mais paradoxal que parece, é uma questão que precisa ser vista por duas pessoas diferentes para que possa dar certo, ou seja, o amor é aquilo que transcende até o impossível, o implausível e o improvável.


Uma relação e uma paixão são elementos alheios ao amor, mas ligados simbioticamente. Uma relação pode se desestabilizar, uma paixão pode terminar, mas o amor liga duas pessoas para sempre de um modo totalmente diferente. Entretanto, para poder florescer, é necessário, SIM mais que amor, não dá para viver só disso, não importa o que os poetas (eu incluso) digam você não pode viver só de amor... Mas dificilmente, viverá sem (no máximo, sobreviverá).


- Essa imagem é clássica, tinha que aparecer por aqui!!!


O que mais eu poderia dizer... Ah, não sejam sacanas com quem vocês gostam. Quando você fala com alguém, há sempre vários filtros que vão absorvendo o que a pessoa diz, é a paciência que você tem em estar com alguém. Se a pessoa vai falando coisas que lhe atingem, dependendo de quem é, há mais ou menos tolerância a respeito de quanto tempo você (ou a outra pessoa), vão agüentar ficarem argumentando antes que algum dos dois lados ceda ou à raiva, ou a acatar o que a outra diz (o que gera mágoa), ou a um entendimento mútuo. Se na maioria das vezes acaba que em raiva ou aceitação, tente cultivar mais camadas de entendimento, de paciência e tudo mais, isso é só feito quando há comunicação efetiva entre as duas partes (Sabe o papo de “a gente não conversa mais...”), isso é tão válido para um romance quanto para qualquer relação humana.


No mais, note que eu não falei sobre questão de músicas, poemas, histórias e tudo mais, que falam sobre o amor... Porque é algo natural ele ser tão influente. Frank Zappa (eu não conheço quase nada do cara, mas sempre que ouço falar dele é sobre algo bem legal, eu tinha que tomar vergonha na cara viu), disse em uma assembléia nos EUA sobre a censura em discos nos anos 80, que se as pessoas fossem impelidas a fazerem o que as músicas mandam, elas todas iriam se amar, por que o que mais existe são músicas de amor, porque simplesmente é isso ai mesmo!



Espero que as pessoas não tenham medo de amar, ou se negar amar essa ou aquela pessoa em si, porque tem muita gente que seleciona demais quem vai gostar, são os chamados tipos, que por vezes tem ordem biológica de gostar mais desse ou daquele, mas também tem muitas raízes sociais, o que é uma tremenda besteira. Não sou nenhum crente ou católico ou religioso fervoroso, mas vou citar aqui Jesus que simplesmente dizia “Amem-se uns aos outros” (claro, que ele não queria um Surubão na Judéia lol), e que os Beatles disseram tão bem com “All you need is Love”, tudo o que você precisa é amor. *


Ficou gigante de novo, acho que ninguém vai ler e não sei se quem ler não vai achar tudo muito óbvio e simples... Mas o segredo é esse mesmo, é tudo muito óbvio e simples, só que nós complicamos demais, é a natureza humana que transforma até o gesto mais pleno em uma maquinação complexa, mas se existem nós, veja graça em desatá-los.


Meus caros, por hoje é só! Té mais!!!




* Veja bem, quando eu disse que não se vive só de amor, é só de amor mesmo, mas no caso de precisar de amor para viver, é outra coisa, com o amor você constrói as coisas, você entende e quer entender mais as pessoas e pode criar sua vida do melhor modo, mas só com amor e sem ter esse dito ímpeto de ir atrás de todas essas coisas essenciais... Não há vida de fato, não?

2 comentários:

jediroma disse...

quer saber Antonio? eu achei esse texto longo e excelente!! li tudo! e merece um link em algum portal! hehe parabéns mesmo =)

Vivz K. disse...

Antonio, você tem muita razão e fala com propriedade, apesar que eu continuo achando que você também se sabota demais!

O amor é químico, é físico, é quântico, é biológico, é genético, é matemático, psicológico, psicodélico, natural e fenomenal... A única coisa é que eu trocaria um verbo. Você não dá amor, você compartilha o amor com o ser amado. É uma fonte inesgotável, mas ele sempre anda com a gente. Algo mais como um Chi, um passe espírita. Você compartilha, doa um pouco e a vida traz de volta.

Beijos filosofais, babe!