segunda-feira, abril 27, 2009

Não Vou Zoar os Santistas...



Sou Corinthiano. É bem simples, sou corinthiano. Isso é o suficiente para ouvir ovações e cumprimentos ou uns palavrões e cusparadas nas costas. Bom, isso é uma coisa da paixão, que as pessoas perdem suas cabeças por conta disso, mas, sinceramente, apesar de ser Corinthiano e gostar de ver meu time jogar (e ganhar), não vou me dar o ridículo de me sentir maior do que ninguém. Talvez mais afortunado, mas maior, não, não é bem isso...


- Ídalos: Marcelinho (pé de anjo), Netão, Sócrates e Rivelino, Fino e Xavequeiro!

Sabe, antes mesmo de começar o jogo, de fato, dias ANTES de começarem o jogo, já estava tendo uma briga lá na Vila entre os torcedores. Não é nem preciso dizer que isso é um tanto quanto ridículo. Eu moro em uma cidade próxima a Santos e, como é de se pensar, tem muita torcida aqui por conta do "regionalismo". É natural, o time mais próximo é o Santos, que teve muitas glórias há um bom tempo atrás e, atualmente, se mantém como um dos componentes dos "Quatro Mais" do futebol paulistano. Então, acho que tem um apelo pra quem mora aqui e não tem o costume de torcer para outro time passado pelas gerações anteriores.

- Espaaaaaalma Ronaaaaaaldo!!! É o Goleiro Rock N' Roll minha gente!


Sim, posso dizer que sou Corinthiano por conta de meu pai, que básicamente é um caipira (va lá, eu me considero caipira e caiçara ao mesmo tempo, apesar de ser mais branco que o Drácula de Bram Stoker e Francis Ford Coppola), e desde pequeno tenho camisa, cacrecos e etc. Em 1990 meu pai gravou o repeteco dos melhores momentos da final do Brasileirão que o Corinthians ganhou (com aquele gol do Tupãzinho, ê talismã da Fiel, esse faz uma falta!!!), e me mostrou quando eu tinha uns 8-9 anos, lá pelos idos de 94-95. Me lembro de um negócio que meu pai sempre conta pros outros, de qunado eu era pequeno, o Corinthians estava perdendo do Palmeiras, e a gente em um casamento, e ai eu escuto e começo a chorar "buáááááá, não pode tá perdendoooooo"... É meu, é bem engraçado...


- Neto!!! Caraca, eu queria uma dessas camisas da Kalunga!!!


Mas enfim, isso foi passado para mim como uma espécie de herança genética. Tem gente que pode dizer que isso é uma certa "fraqueza" em termos de escolha, por eu não ter escolhido tanto por conta própria, mas não é só isso... Do meu pai eu não puxei tanta coisa, acho que dele eu peguei o gosto de água com Gás, usar cotonetes (tem muita gente que não tem tanto o costume hahaha) e torcer pelo Corinthians. Talvez até um gosto pella música caipira de raíz e aqueles sambas de roda como do Adoniran (caras, pessoal que curte o Rock N' Roll, Blues e Jazz, não maldigam certas coisas como essas, pois em termos é uma música raíz, com melodias, harmonias e temas bucólicos do cotidiano de pais, avôs e bisavôs), que hoje em dia são massificados como água e são merdas comerciais (até na MPB e no rock tem hoje em dia, com lixos como NXZero, Malu Magalhães, CSS, Bonde do Rolê, que isso sim é uma desgraçada e uma vergonha)...

Entretanto não posso dizer que sou Corinthiano meramente por herança paternal e cultural. Depois de um costume tem algo que noto, que o torcedor do Corinthians não é um torcedor comum. Acredito que o torcedor corinthiano seja mais aguerrido a seu amor pelo time. Torcedor corinthaino sofre mesmo, e é algo como Karma, é diferente do São Paulo, que costuma estar geralmente no topo das competições, conquistando tudo sem problema com até uma pseudo soberba (são paulinos, não se exaltem, só digo o que eu penso, não sou, nem posso ser a voz da verdade, mas vocês sabem que quando o São Paulo está bem e é pra ganhar é uma campanha infalível). Mas o Corinthians é um sofrimento, é um karma, é bola na trave "uuuuh fodeu, fodeu", pra ser campeão só é nos últimos minutos do jogo com um golzinho chorado, com chutão, com pressão, com zombaria... E pra ser corinthiano tem que ter quase um segundo coração, porque quando é derrotado, tem que segurar tudo, tem que apertar bem forte e se levantar e apoiar o time. Por isso a torcida do Corinthians não se esconde. Talvez por isso tenha aquela coisa de Nação Corinthiana e Anti-Corinthiana, por que com tanta paixão, mesmo em face aos maiores sofrimentos, não se larga o osso de jeito nenhum. Lembra até o carinha que carregou a cruz nas costas!

- Quando dizem que o Ronaldo é um gênio, eu nunca pensei que fosse por ESSE aspecto!!! HAHAHAHAHA

Então é natural que tenha muita birrinha, e muita picuinha e muito dedo no olho (da CARA meus caros, no olho da CARA!!!). Quando perde, mesmo por vitória sofrida por parte do oponente, sempre tem aqueles que viram macaquinhos circenses pulando e bufando a testosterona que lhes restam. Sabe, é foda, às vezes isso até distorce os fatos, outras vezes até mesmo fomenta a discórdia. Alimenta uma raiva, um ódio que não tem o menor motivo para existir. Já ouviram pedradas, pauladas e conflitos urbanos vergonhosos. E não é só aqui, é só dar uns meses que veremos o campeão inglês e os subsequentes abusos e depredações dos Hooligans...

Não é por aí...

- O Talismã da Fiel!

O principal intuito do esporte é simular um embate, uma disputa, de forma não violenta (bom, digamos, não "mortal"), com regras, as capacidades física e mentais de seus participantes. Ao mesmo tempo que isso tem um conteúdo lúdico, de diversão em quem participa, também tem aquele lado instintivo de competição e aprimoramento. O lado técnico é valorizado, mas acima de tudo é a própria superação, reconhecer a superioridade do oponente em esforço e estratégia, para não só valorizar quem se confronta, mas a si mesmo como quem o confrontou e aprende a partir daí os pontos os quais se deve se superar para o próximo embate. É por isso que se diz que o importante é competir, pois o aprendizado ganho vale tanto para quem ganha quanto para quem perde. Isso lembra um pouco os guerreiros samurais japoneses, eles tinham um respeito profundo pelo inimigo, pois sabiam que se forem mortos ou matarem alguém, não haveria um rancor pessoal envolvido, já que dos dois lados, ambos estavam dispostos a matarem e morrem. (lembro de ler que uns chegavam a perfumar os elmos, caso fossem decapitados, as suas cabeças não fedessem quando apresentadas ao general, ou coisa assim).

- Ele tinha Macaquinhos no Sótão. E fazia uma porrada de gols!

Gostaria de ver sempre que possível esse tipo de suporte. Hoje em dia, torcer por um time deixou de ser "dar suporte" aos seus jogadores e comissão para elevar sua moral e, vibrar com esses resultados, para amis uma forma de ter uma justificativa que não justifica nada e ter quem atacar, quem insultar e se prostar como superior (talvez dado ao valor extremo que os brasileiros dão ao futebol, vá saber...), então tem muita picuinha que desce a ladeira embaixo. É cosia de judeus e palestinos mesmo! Mas totalmente sem sentido...

Tanto que aqui, reunido no domingo com parte da família da minha mãe (em maioria santista), eu não sinto a menor necessidade de falar que foram uma desgraça ou zombar, mesmo que tenha muita gente que apareça só para falar "CHUUUPA GAMBÁ", quando tem uma vitória ou algo assim, que pra mim FODA-SE, mas tem muita gente que se irrita e mantém esse elo ridículo...

Bom, é isso aí, post sobre Futebol em um blog que é mais NERD é uma coisa meio rara, mas tá valendo!!!

Domingo que vem espero que seja uma boa partida, se o Santos fizer o milagre de ganhar de 3 gols de diferença, jogando bem e o Corinthians muito mal, não ficarei ofendido com isso e sim um pouco descontente da atuação do Timão, mas até lá, sem zombarias e degradação, só espero que o futebol ganhe mais admiradores do espetáculo em si, vejam lances como os gols muito bons do Ronaldo, que é pra qualquer pessoa, vencendo ou perdendo (ou ficando irritado com qualquer resultado), admirar e dizer "taí aglo que valeu meu ingresso, ou minhas duas horas sentados nessa cadeira, vendo vários marmanjos correndo atrás de uma bola..."


domingo, abril 26, 2009

Admirável Mundo Novo


Estou com um pouco de preguiça de escrever algo novo, mas vou pegar algo que escrevi faz uns anos, que era uma resenha sobre o livro Admirável Mundo novo. Que, sinceramente é um livro muito bom!!! Talvez estej ameio tosquinho, mas é porque foi feito faz um bom tempo... enfim... habemos...




Sexo, drogas, cinemas sensoriais, clonagem, extinção da personalidade...

Vemos tudo isso em uma obra prima mediúnica da literatura mundial, do renomado autor Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo (Brave New World).

Por que mediúnica? Bem, deixe-me explicar um pouco sobre o livro para lhes surpreender no final deste editorial...


Um Complicado Mundo Novo...



Iniciando o livro, somos levados até um laboratório de clonagem humana, onde estudantes ávidos por informações, questionam e escutam a explicação do Diretor do Centro de Incubação e Condicionamento de Londres.

Ele explica o processo de separação de embriões e as vantagens da manipulação genética, assim como os métodos de condicionamento sócio-cultural da época, onde são criados seres humanos iguais em diferentes “castas”, de Alphas a Ípsilons. Logo encontramos uma das personagens centrais do livro. A “enfermeira” Lenina Crowne, bela, jovem, interessante e “pneumática”, confessa a sua amiga Fanny Crowne que está saindo há seis meses apenas com Henry Foster. Horrorizada, a amiga pergunta o que está acontecendo e recomenda a Lenina ir realizar um tratamento contra paixão, ou até mesmo um tratamento para evitar uma horrível gravidez. Incentivada pela amiga, ela decide sair com outros homens, escolhendo Bernard Marx para ir até as reservas selvagens.

Bernard era um Alpha mais, um humano destinado a ser da elite, mas que, por algum motivo, era menor e mais frágil que os outros Alphas, lembrando um ser de classe subalterna. Bernard se sente diferente do resto das pessoas, por ser desse modo, reclamando a toda hora sobre o sistema de vida do mundo atual. Ele vai ao encontro de seu amigo, Helmholtz Watson, que é justamente o contrário dele, alto, belo e brilhante até mesmo para os padrões dos Alphas mais, ele se sente diferente da sociedade, assim como Marx por justamente ter um excesso de habilidades. Ambos vivem a discutir sobre o mundo atual, enquanto voam em seus veículos voadores (algo como helicópteros) e depois segue até o culto de Ford (Henry Ford, o inventor do Ford-T e do Fordismo), que é visto como um enviado divino, por dar ao mundo uma nova forma de se viver, lá, eles cantam o belo “mantra” denominado “Orgião-Espadão” (Sim, isso é referente a orgia e espada/genital masculina) .

Ao pedir permissão ao diretor do centro, para qual trabalho, Bernard houve uma história deste, quando ele viajou para as reservas selvagens: ele teria ido com uma mulher a muitos anos em passeio, e por acaso, ele teria caído em um local e nunca mais retornado.

Marx voa com Lenina em um foguete até a última área habitada antes da reserva. Lenina queixa-se da precariedade tecnológica do local, e da falta de seu adorado Soma, que seria uma droga alucinógena, gerada artificialmente sem gerar efeitos colaterais ao corpo. Quando eles descem até uma tribo, e observam um ritual religioso local onde um jovem é castigado. Após o evento, eles percebem um jovem diferente dentre todos do local, mais parecido com um inglês do que um índio. Seu nome é John. John os leva até a casa de sua mãe, Linda, que com uma aparência velha e cansada, anseia retornar para a sociedade.

Quando ambos retornam a Londres, ocorre um grande choque. Linda é vista como um monstro, por ter a pele flácida e as circunferências exaltadas, pois naquela sociedade, as pessoas realizavam transfusões de sangue jovem, reposições hormonais e estímulos metabólicos, mantendo-se jovens até o dia da partida, onde são carbonizados e suas substâncias corporais aproveitadas.

Mas, o maior de todos os conflitos se encontra quando John se encontra nesta sociedade. Ele adquiriu na tribo alguns exemplares de Shakespeare e outros autores, sendo um ser altamente elevado em termos de nobreza e pureza de espírito. Ficando amigo de Helmholtz, em algumas discussões filosóficas e poéticas, ele percebe que os seres humanos foram condicionados a não amar, achando ridículo, por exemplo, por sua própria vida em risco para salvar outra em nome do amor, como quando John cita a Watson um trecho de Romeu e Julieta, e esse se põe a rir.
John começa a ficar descontente com a humanidade em geral e seus hábitos. Mas permanece por estar secretamente apaixonado por Lenina, que também sente algo por ele, mas não de uma forma tão pura e bela como dele para com ela. John não consegue captar os porquês de tudo aquilo, se assustando com o cinema sensível, onde ele se senta em uma cadeira especial e coloca os dedos em transmissores que os levam a sentir todas as sensações do filme, que, segundo ele, possuem um péssimo roteiro...

Bem, deixarei de falar sobre o livro agora. Vocês que o leiam e tenham as surpresas que ele guarda...


Um Nada Admirável Mundo Novo



Como vocês podem perceber, a sociedade futurista não é nada agradável. Livros, músicas, jogos etc. São proibidos por lei por incentivarem o pensamento próprio e as emoções. A promiscuidade é incentivada, tanto pela diversão e prazer que oferta, como meio de destruir qualquer futura paixão (antes que me perguntem, NÃO, nada é dito sobre Homossexualismo). As pessoas se drogam com freqüência para fugirem da realidade quando esta não os agrada. A maternidade é tida quase como um crime, um pecado! Ser mãe ou ser pai é algo tão nojento como degustar uma barata viva, talvez mais! Sem falar na mecanização do órgão-social, que é tratado como uma linha de montagem, tal qual a fábrica de Henry Ford.

No centro de incubação, os bebês são gerados e manipulados, para exercerem certas funções pré-determinadas. Por exemplo, os Ípsilons são a ralé da ralé, feios e toscos, servindo apenas para serviços braçais e coisas do gênero, sendo tratados com escória do mundo. Eles são concebidos através de um único óvulo e gerados até o número de 16.000 clones, por divisão embrionária. Na incubadora, eles recebem nutrientes, da mesma forma que como no cordão umbilical, entre outras substâncias controladas que determinam o nível físico e mental que eles terão. Quando nascem, são cuidados por um grupo especial, que condiciona em suas mentes certas ordens durante seus sonhos, como “sou um Ípsilon, sou um ser que serve para trabalhar, não gostaria de ser um alpha ou um beta, eles trabalham mais, sou feliz sendo um Ípsilon, devo obediência às castas superiores...” e por aí vai.

A sociedade como um todo privilegia o que é belo e novo. Eles não reutilizam nada, nem consertam, quando uma camisa fura, eles jogam fora e compram outra. Só para continuar o giro de renda.

Enfim, uma infinidade de coisas que pouco a pouco são notadas em nossa sociedade.
Consegue notar quais são?


Um Admirável Velho Mundo


Porque esse livro é mediúnico?

Bem, simplesmente pela data em que seu autor concebeu toda essa história. Sentem-se. Em 1932! Isso mesmo, toda a tecnologia e formato social saíram da cabeça de Huxley quando esse estava com 38 anos. Podemos dizer que ele tem uma impressão literária tal qual Júlio Verne ou Machado de Assis (leiam o conto, O Espelho para entenderem o por que). Ele anteviu o que poderia ser gerado quando a visão científica começa a dominar a sociedade. Podemos até notar alguns toques que lembrariam Matrix (ou melhor, que Matrix nos faz lembrar de Admirável Mundo Novo.), como a manipulação da sociedade para que essa não sofresse com as dores do mundo, mas que não sintam a realidade e as sensações que mais importam na vida. Os alphas são felizes por serem superiores, os betas felizes por serem melhores que os deltas, até os Ípsilons são felizes em sua inferioridade, mas, mesmo assim, nenhum deles experimentam de sensações que nos vivificam.

Huxley estudou aristocracia em Eton, mas teve que se afastar por causa de um problema nos olhos que poderia o cegar. Isso o impediu de cursar Medicina, mas também livrou a cara dele de ir para a 1ª Chacina... 1ª Guerra Mundial...

Entre outras obras, Aldous Huxley também escreveu A Ilha, O tempo deve parar e Regresso ao Admirável Mundo Novo. Esse é somente um ensaio feito em 59 discutindo sobre os aspectos de AMN, e irei falar em breve, quando achar um exemplar, e se esse for ao ar...


Meus amigos: Não se Deixem Condicionar!!!

quarta-feira, abril 22, 2009

Felipe Massafera na FX Con 09 – Em Orlando, Flórida


- Feliperine, Hahahahaha!



Conversei com meu amigo Felipe Massafera, desenhista de mão cheia que, pela primeira vez na vida viajou de avião (que ainda bem, não caiu, foi pego por terroristas ou o piloto sumiu), e foi para a FX International, uma convenção que aconteceu em Orlando, Flórida.


Philosophista:

É sua primeira viagem, até de avião é a primeira vez. Em resumo, no que você pensava enquanto ia embarcar?


Felipe:

cara sempre tive medo de avião, mas a viagem foi tranqüila pra caramba, a parte mais cansativa são as burocracias e demoras do aeroporto (rs)



Philosophista:

E o que esperava encontrar lá, quando chegasse? As convenções americanas geralmente são bem mais massivas do que as brasileiras, pelo que vemos pela mídia. Como pensava que iria ser essa sua primeira ida até os EUA apresentar-se como artista e criador?


- Ala dos Criadores.


Felipe:

Cara foi bem sossegado, quer dizer pra mim foi gigantesco mas com certeza nada comparado a San Diego ou outras, mas mesmo assim não tem nada assim no Brasil... Mas foi bacana. Fui bastante elogiado pelos fãs. A AVATAR vende mais a cada ano e é legal ver o quanto as pessoas adoram o material que vem sendo publicado por ela.


- Capa de Doktor Sleepless (criação de Warren Ellis), Feita por Felipe.


Philosophista:

Ou seja, acabou ficando com as mãos calejadas de dar autógrafos?


- The Dark Knight (Batman no estilo do Miller), feita por PastaBeast.


- Pin-Up da Anna Mercury que Felipe fez para Chirstos Gage!


Felipe:

Sim sim, além dos autógrafos pros fãs, eu também estava fazendo sketches por 20 doletas, fiz vários, e tabém assinei varios posters da anna pra ser integrado em uma edição especial, e um plate que vai ser enviado pro Alan Moore assinar pra edição capa de couro do light (of thy countenance).


- Capa e arte de Light... Feita por Felipe


Philosophista:

E a edição de Light... Ela foi muito bem recebida, não? Acho que em março foi a segunda edição de Capa Dura mais vendida, só perdendo para o Absolute Watchmen o que, com o lançamento do filme, era de se esperar, então foi praticamente um "primeiro lugar moral"!


- Capa de Felipe para Anna Mercury (aliás, peguei no seu orkut a maioria das fotos, se não puder publicar ainda essa capa, me avisa que eu removo daqui! hehehehe)


Felipe:

Sim sim, conversei com uns caras donos de Comic Shop de Orlando, falaram que os quadrinhos da AVATAR vendem muuuito lá, fica do lado de uma faculdade de cinema e os alunos passam horas lá comprando quadrinhos e adoram os da AVATAR, e Light foi muito bem recebida sim, a edição ta bem bonita com papel especial.


- Poster de Ignition City, com Capas do Massafera, desenhado por Gianlucca Pagliarani e scrito por Warren Ellis.


Philosophista:

Conseguiu se virar com o seu inglês?


Felipe:

Sim sim, me surpreendi, os caras deram nota oito pro meu inglês o que é bom.......não pratico fala desde sete anos atrás, e meu inglês sobreviveu através de filmes etc...


- Momento de descontração, Felipe vai ao Bordel Pussy Bunnies, famoso por suas cortesãs em trajes de época... Nah, falando sério, só são umas modelos posando para artistas durante a Con!



Philosophista:

Teve alguma coisa que alguém te falou e que ficou assim "marcado" na sua cabeça?


Felipe:

Hmmmm você diz por lá?


Philosophista:

Sim


Felipe:

Se houve foi apagado pelo abraço forte que ganhei da Cerina Vincent. Cara ela é muuuuito gata, ela é a estudante estrangeira do filme “não é mais um besteirol americano”, conheci ela numa festa e, no outro dia, ela foi ao meu estande ver meus trampos, e adorou.


- Fap, Fap, Fap!



Philosophista diz:

Aaaaah aquela que anda pelada todo o tempo no filme...


Felipe:

Isso ela mesmo. Ela tem interesse em fazer algo relacionado com quadrinhos, pois o meu chefe já a conhecia, quem sabe ela posando de Anna Mercury pra mim (rs)


Philosophista:

Seria interessante mesmo. Sabe, sinceramente acho que com essa "veia" que os quadrinhos estão abrindo para o cinema, como uma pré-base para roteiro, eu estava prevendo que daqui algum tempo, muitos atores vão estar ligando seus nomes a produções de quadrinhos. Afinal, já estando ligado a uma franquia e se ela for bem recebida, já é meio caminho para ser produzido um filme...


Felipe:

Sim sim, Anna Mercury por exemplo tem um grande apelo, não imaginava isso mesmo sendo algo do Ellis, realmente o povo adora ela. Acho bem possível isso, principalmente atores não tão conhecidos, é uma chance de ajuda mútua, entre a editora e a atriz.



Philosophista:

O Milo Ventamiglia (O Peter da série Heroes) estava fazendo algo parecido, se ligando a uma série de quadrinhos e emprestando suas "feições" ao personagem...


Felipe:

É exatamente, alguns escrevem roteiros, até o Hugh jackman andou fazendo algo.


Philosophista:

Aé, o próprio Stan Lee fez algo com o Ringo Star, Pamela Anderson e falaram que ia fazer até com a Paris Hilton...


Felipe:

Acho que o Jackman fez algo com a Virgin Comics


Philosophista:

Sem falar do Gene Simmons querendo abrir o selo em quadrinhos do Kiss depois de várias participações da banda...


Felipe:

Ah é, ouvi falar.


Philosophista:

Vamos continuar, e com esses outros caras de HQs, o que achou de quem encontrou?


- Chuck Dixon e uma edição dos GI Joe (Pra quem não conhece, os "Comandos em Ação")


Felipe:

O Ben Templesmith tava lá com seu terno, realmente ter um filme de um quadrinho seu com o Josh Hartnett deve ajudar a conquistar as mulheres (rs)


- Fell de Ben Templesmith e Warren Ellis (sim, o Ellis publica MUITA coisa...)


Philosophista:

O 30 Dias de Noite, não? Eu gosto da arte dele, mas prefiro o Fell...


- Stuart Imonnen e uma edição de Shockrockets!


Felipe:

Cara, tive muito pouco tempo pra bater papo com eles, mas todos que conversei foram atenciosos e muito simpáticos, Stuart Immonen, Jim Cheung, Arthur Suydam (que falou que tenho um sotaque canadense hahaha), Sergio Cariello, Chuck Dixon etc.


- Felipe e Arthur Suydam, capista da Marvel Zombies (que, para sorte dele, parece estar longe de acabar)


O Stuart falou que me vê na Marvel ou DC logo logo (rs). Ah, o Joseph Michael Linsner veio ver meus trampos no estande e gostou. Falei que gostei das capas do Conan dele, e o William falou que sou o fã numero um do Conan, e ele falou: "é, as pessoas inteligentes sempre são" (rs)


- Linsner e seus gatos pelados...


... e uma de suas capas para Conan!



Philosophista:

Canadense? Isso por ser baixinho e usar essa foto pseudo Wolverinistica?


Felipe:

Hahahah ele perguntou se eu era do Canada, ai falei que era do Brasil, ele falou “ah é que Você tem um sotaque canadense” (rs)


Philosophista:

o Jacen Burrows foi também? (Jacen é outro desenhista da AVATAR)


- Chirstos Gage é chegado em um churrasquinho grego!


Felipe:

O Jacen não. O Christos Gage é bem gente fina, fiz um sketch no seu famoso sketchbook… Cara quando folheei, Só grandes nomes, e ele pediu uma Anna Mercury. Ele escreve pra Marvel…


Philosophista:

ele tá escrevendo acho que Avengers Initiative... Ou estava...


- Uma das capas de Vingadores: A Iniciativa, escrita por Gge e desenhata por Ruimberto Ramos.



Felipe:

Ele me falou gostaria de fazer algo do Wolverine (rs), eu falei: “cara meu sonho”.


- Melhor no que faço!


Philosophista:

Como foi sua participação no painel da AVATAR?


Felipe:

Bom o William apresentou todo mundo, falei um pouco sobre mim de onde vim o que faço etc. ae depois perguntaram umas coisinhas. Foi bem sossegado, no mais o William falou sobre o presente e o futuro da AVATAR?


- William, o editor da Avatar, Mike Wolfer (seu Madruga do Metal), o tradutor e Gianluca, alguém que não consegui identificar e Felipe no painel da Avatar



Philosophista:

Ele falou que a AVATAR está se voltando mais para os trabalhos autorais pelo que vi no vídeo, algo mais globalizado (o som tá meio ruim porque fica ecoando) hehehe


Felipe:

É por ae mesmo, mais Ellis, e por ae vai


Philosophista:

Mais galinha inglesa das HQs de Ouro


Felipe:

Hhahaha é e o William mesmo disse que ele pode fazer o que quiser, que ele publica



Philosophista:

E como foi seu contato com o William, o editor? Ele parece apreciar muito o seu trabalho, falou alguma coisa do que viria pra ti?


Felipe:

Sim sim ele é bastante alegrão, gosta muito do meu trampo, ele lembra o Dennys Nedry do jurassic park (rs). Ele falou que meu próximo trampo vai ser capas pra uma serie de vampiros que é a adaptação de um livro famoso lá dos states, não me lembro o nome agora, vão ser capas


- Felipe atendento uma fã, ou a conhecida de um fã envergonhado.

Philosophista:

Crepúsculo em quadrinhos?


Felipe:

Não (rs), mas é alguma outra coisa ae!


Philosophista:

Cara tu perguntou "William, quando me mandar fazer capas, pode ser mais específico no que quer que contenha nelas?" (nota: muitas vezes é o próprio Felipe que tem que bolar os conceitos das capas, ficando um pouco vago o que ele tem que fazer, então ele tira da cartola muitas idéias para elaborá-las).


- Capa de Felipe para a Graphic de Ellis "Crécy". Essa capa foi escolhida pela Wizard como a melhor capa do mês, quando saiu.


Felipe:

(rs) acho que falei sim. Tanto que pra estas do vampiro, o Mike Wolfer vai me mandar anotações e pequenos thumbnails.


Philosophista:

Isso vai ajudar BEM mais. Isso aliás, entre vc e os outros desenhistas!

E o que você fazia lá enquanto não estava desenhando ou no estande?


Felipe:

Quase nada, porque eu sempre estava fazendo essas coisas, mas quando sobrava um tempo eu ia comprar action figures e ver o resto das coisas da convenção. Poxa comprei uma big barda e um senhor milagre com o design do kirby, são lindos. Queria o Darkseid também, mas não tinha.


- Felipe, William e Gianluca. Pergunta: Vejo a mão de todos, excetuando a sua mão esquerda Felipe. Onde ela estava enfiada????


Philosophista:

O que te chamou a atenção na convenção?


Felipe diz:

Bom, o tamanho do lugar do evento e é claro, garotas de cosplay... Poxa vida Antonio, se eu te falar que tinha uma guria vestida de Sally Jupiter e eu tirei foto com ela, casaria com ela sem pensar duas vezes (rs)


- Silk e Felipe. Não se case meu caro, tu só vai levar chifre do Blake!


Philosophista:

Tu basicamente então foi pra convenção e ficou, desenhou, comeu e dormiu lá, nem deu tempo de ir pra Disney dar abraço no pateta, no Donald e dar um chute no saco do Mickey?


Felipe diz:

Nem deu. Mas foi divertido pacas. I cant complain!




Philosophista:

Bom, pra encerrar, o que "ficou" em você com esta viagem?


Felipe:

A vontade de crescer cada vez mais nesse mercado e de ir conhecer outras convenções, nos estados unidos e em outros países, viajar é cansativo, mas vale à pena, vale muito a pena mesmo.


- Por hoje é só p-p-pessoal... Para ver um vídeo do Felipe desenhando o que estava rabiscando nessa foto, clique aqui)

terça-feira, abril 21, 2009

Loucura Minha de Alguns Dias


Acho que estou meio louco, é estranho que às vezes sinto como se os olhos, os MEUS olhos (para ficar bem claro), começam a boiar nas minhas MINHAS cavidades oculares, como se fossem duas pedras de gelo em um copo de água. Presos por nervos, como um balão.

É estranho que parece que eu estou ocupando vários espaços. Não de um modo literal, é algo mais metafísico sabem, do tipo, eu estou auqi e em vários outros momentos e planos de existência, como se meu ser e meu ego meio que se imprimissem em várias seções da própria realidade.

O foda é que é como se você estivesse vendo o mundo em slowmotion, mesmo ELE estando em uma velocidade normal. Ai você percebe que a loucura é que você está acelerado, sua percepção está tão veloz que o mundo parece ser um mundo debaixo da água, com aqueleeeeeeeeees mooooooviiiiiiimeeeeeeennnnntoooooosssss leeeeeeeerrrrrrdddddooooooooossssss...

Mas a maior loucura é que esse líquido no qual boia o meu cérebro, eu não faço idéia de como se chama isso, só sei que o cérebro bóia em um líquido aqui, vamos chamar de "Água de Coco", ele boia nessa "água de coco", e eu sitno como se ela fosse água com gás, pipocando como bicarbonato de sódio e estalando como aquele frutilly MUITO RUIM (caraca eu odiava essetreco), XPLOD, que ficava parecendo uns fdps jogando estalinho na minha língua... Mas isso tudo no cérebro...

Tá louco, essa loucura é toda muito louca, quando eu paro pra pensar nisso eu nem sei o que DIABOS eu estava pensando na hora. TAlvez seja só a minha "fase de manutenção nesse grande servidor que é a realidade" (Já Matrixeando um pouco), ou quem sabe só um pouco de pó de HAwking caiu nos meus olhos e eu consegui sentir uma pitada do que são as dimensões superiores.

Fringe


Habemos, Fringe!



Pseudo-Ciência com Excelência



Olá, olá. Dessa vez eu vou comentar a respeito de uma série recente que está sendo lançada nos EUA: Fringe. Essa série foi produzida e desenvolvida por J. J. Abrams, que é conhecido do povo por ser um dos idealizadores da mega-série Lost (que eu, pessoalmente, não vou muito com a cara). Estou dizendo isso porque geralmente é o que se “vê” ao falar de Fringe, dá para se pensar que as séries terão certa relação por causa disso, mas não acho muito.


A premissa de Fringe é bem interessante. Ela trata a respeito da chamada “Ciência de Borda”, que significa nada menos que aquela ciência entre o limite do que conhecemos e da plausibilidade. Por exemplo, no jogo Parasite Eve (os Nerds do play devem saber do que estou falando), que foi baseado em um romance escrito por Hideaki Sena. Nele as mitocôndrias, uma das bases da célula humana, adquirem vida em uma hospedeira que passa a proclamar a era das mitocôndrias. Como essa parte controla a produção de energia da célula, elas não só conseguem evoluir o organismo (para uma forma animalesca) como imbuir com mais energia de modo que até ratos ficam maiores e mais ferozes que Dobermanns soltando raios do rabo.

- Aya Brea e Olívia... Situações fora de controle, na borda da ciência, habilidades fora do normal...


Ou seja, de certa forma, a ciência de borda é algo que trabalha nos limites do possível com o impossível. E Fringe é isso aí. Uma das coisas que diferencia de outra série extremamente conhecida e até “similar” na abordagem

é esse fato. Sim, estou falando de Arquivos X um dos maiores sucessos em termos de “seriados” em muitos e muitos anos. Acho que a principal diferença de Fringe é justamente abordar os mistérios de uma forma plausível, mesmo que seguindo pela linha do que não está provado, enquanto Arquivos X se centra mais no mistério de algo desconhecido (seja científico, místico, alienígena e etc), causando algo fora dos padrões para Mulder (posteriormente, Doggett) e Scully investigarem, sem se importar tanto com o que causa o efeito, mas sim a origem de tal fenômeno.


Não quero criar um cross aqui, é só para mostrar a diferença entre duas séries que podem ser vistas como “similares” (agentes do governo americano investigando casos envolvendo forças além da compreensão humana), e não sei dizer qual seria a melhor entre as duas, mas isso é mais para a questão do gosto pessoal mesmo.



A Base está na História


- Spoilers, o Bart solta!



No enredo, Olívia Dunham é uma agente do FBI que é chamada para resolver um caso estranho com seu parceir

o (e amante secreto) John Scott. No caso, um avião pousa com seu sistema eletrônico e todos os passageiros estão mortos, com a carne e órgãos derretidos e os esqueletos expostos.


Seguindo uma pista, os dois seguem até um local com um armazém guarda-volumes (cômodos para quem quer guardar coisas, como armários gigantes, nunca vi isso por aqui), e encontra o provável causador do ataque, e na perseguição o cara escapa usando uma explosão, que contamina o agente Scott com o vírus do derretimento no processo.


Como é algo muito avançado e desconhecido, a agente Dunham acaba tendo que recorrer para um cientista que fazia operações e pesquisas secretas nos anos 60-70, Walter Bishop. Entretanto Walter está em um manicômio fazem 18 anos e somente com o aval de um membro da família ele poderia ser liberado para auxiliar nas pesquisas a respeito de uma possível causa e decorrente cura. Olívia recorre ao filho de Walter, Peter Bishop, que é uma espécie de pilantra do bem, mas que não tem relações muito boas com o pai. Dessa forma, eles formam uma espécie de “força” para procurar a cura através dos conhecimentos difusos de Walter Bishop (ele estava em um manicômio por 18 anos, compreenda...), até conseguirem encontrar pistas do que estava fazendo isso.


Durante o processo, eles buscam o conhecimento que o um antigo colaborador de Walter adquiriu para depois formar uma empresa com grandes avanços tecnológicos, a Massive Dynamics, que é uma espécie de LuthorC

orp/Stark Enterprises da vida, e também descobrem que pode ter um agente comprometendo algumas missões, servindo de agente duplo.


Eles conseguem desvendar o que ocorre com John Scott, porque Olívia utiliza uma das antigas invenções de Walter. Um tanque com água salina, no qual vários eletrodos ligados na nuca de Scott e na de Olívia faz com que ela entre na mente do agente para descobrir a última imagem vista pelo enfermo: O rosto do suspeito. A partir de um retrato falado, eles descobrem a identidade do sujeito e traçam o local onde o ele estava se escondendo, capturando-o, assim achando amostras para desenvolver uma cura. John Scott é curado e Olívia fica mais sossegada...


Até que ela percebe que o agente que estava traindo a agência era nada mais nada menos que o próprio John Scott. Ela volta até o hospital que ele estava, mas percebe que ele já ia saindo de fininho. Dessa forma se inicia uma perseguição de carros, onde Jonh Scott acaba morrendo nos braços de Olívia, dizendo para ela que ele a amava de verdade e queria protegê-la do “padrão”.


Assim, como novos casos parecem despontar no horizonte, uma divisão do Bureau é criada para combater essas “experiências” de tecnologias desconhecidas que ameaçam a sociedade. A série tem seu início.


Personagens

- Casting no Lab!


Olívia Dunham (Anna Torv)



Olívia é uma agente do FBI que se encarrega de liderar a equipe. Ela parece ser mais do tipo mental, que lida com enigmas e pistas, mas ao mesmo tempo sempre participa das missões de campo. Ela lembra uma mistura de Fox Mulder com Dana Scully, ainda mais porque tem um lado cético que entra em contra ponto com cada nova descoberta que faz. Ao mesmo tempo a personagem começa a mostrar lapsos da memória de John Scott que a auxilia em diversos momentos para resolver os casos, como uma espécie de fantasma do passado a guiando. Ela tem a ajuda do agente Charlie Francis (Kirk Acevedo, o Miguel Alvarez da ótima e violentaça série OZ), que é um amigo e quase irmão, que muitas vezes fica desconfiado das “fontes confidenciais” as quais Olívia se submete e o custo que elas podem ter para a agente. E, realmente, Olívia começa a se afundar nesse mundo novo e desconhecido.


A respeito da atriz e sua atuação, olha eu acho que a Anna Torv faz um trabalho muito bom, talvez por eu não vê-la em outras atuações, eu a ache legal, mas enfim, eu a acho bem competente, ela consegue expressar legal os dilemas da Olívia e, não sei por que, ela me lembra um pouco a Gwyneth Paltrow, não digo tanto fisicamente, mas acho que os trejeitos sabe. Mas como ela representa um dos grandes alicerces da série, acredito que esteja levando bem o seu encargo, sem se mostrar apática ou “chocha” no papel.



Peter Bishop (Joshua Jackson)



Peter Bishop é uma espécie de gênio problemático. Podemos ver que muito se deve a falta do pai em sua criação e que, ao mesmo tempo, ele por si próprio tem uma grande capacidade cognitiva que usa para fazer seus trambiques. Sim, ele tem vários enroscos em Boston (local onde se situam 90% das histórias e ocorridos), com um pessoal da pesada (ta, sem essa de narrador de comercial de filmes da globo, é CRIME MANO!), e por isso estava fugindo de lá, até que Olívia o encontra no Iraque armando um golpe para tirar dinheiro dos caras (mas que feeeeeio senhor Bishop). Quando ele retorna, muito a contragosto, se vê que ele tem uma relação bem distante do pai, que ele vê como um cara que abandonou ele e a mãe para as pesquisas até ficar louco, mas em certos momentos ele sente uma grande “pena” e a falta que o pai dele faz.


Peter aparenta não ser tão esperto quanto o pai (bom, talvez por não passar anos estudando), mas tem vários lapsos de conhecimentos, o que leva a crer que ele com seu QI de 190 é totalmente desleixado em relação a isso. Dessa forma, sua utilidade para o grupo é a de auxiliar Olívia a lidar com o pai, ajudar o pai com seu conhecimento científico que, apesar de amplo é também ligeiramente limitado e também utilizar de suas “conexões no submundo” para conseguir pistas para Olívia de modo, bom, vamos dizer “não-corriqueiros”.


Joshua Jackson faz o papel de Peter, acho que a maioria o conhece ou da série Dawsons Creek (ele fazia o Peacey), ou do filme Skulls (nunca vi, mas é a respeito de uma espécie de Sociedade Secreta pra fazer Maçom chupar). Sinceramente eu acho a atuação dele muito bacana, como Peter ele consegue ser bem cínico em vários momentos, inclusive com o pai dele, mostrando um ressentimento ao mesmo tempo com uma veia de humor e é isso que ele coloca no personagem, dá para ver que é certa ambigüidade no tom de voz e tudo mais. Também está bem nesse papel, encaixou feito uma luva para o garoto (bom, se em que ele já deixou de ser garoto faz tempo hahahaha).


Walter Bishop (John Noble)



O Doutor Bishop (Doc de graduação) é o responsável por muitas coisas que ocorreram. Fazendo pesquisas secretas para o governo, para desenvolver uma nova ciência e avanços tecnológicos sobre os inimigos dos EUA (vida, COMMIES), ele fez diversas inserções (ui), em áreas totalmente abastadas da ciência e com muitos questionamentos morais. As pesquisas dele foram interrompidas quando um acidente ocasionou na morte da assistente dele e de outro cientista que o auxiliava, William Bell (rumores dizem que será interpretado por Leonard Nimoy, o Spock de Star Trek), que atualmente é o presidente-fundador da Massive Dynamics, a maior empresa de tecnologia do mundo.


Depois de passar muitos anos no manicômio sua memória e contato com a realidade se perderam, mas não seu brilhantismo, em alguns momentos ele consegue ajudar a desvendar os mistérios a respeito dos acasos científicos que batem à porta.


Ele é interpretado por John Noble (que pode ser mais facilmente reconhecido como Denethor, em O Senhor dos Anéis), que sinceramente está SEM-SA-CIO-NAL no papel. Não sei como dizer isso, bom, até sei, mas vá lá, ele simplesmente é um dos “shows” do programa. O personagem é bem composto, é muito bem escrito e o ator faz o papel ficar esplêndido. Primeiro de tudo, o Doutor é louco, simplesmente louco, ele não se lembra de quase nada do que acontecia antes, só como flashes, e isso afeta o comportamento dele até nos costumes. Por exemplo, ele está em cima de um corpo, morto misteriosamente em uma lanchonete, perguntam o que ele acha e ele diz “Duas coisas, acho que aquela torta sob o balcão deve estar muito saborosa...” e ai perguntam e a outra coisa “ah sim, acho que o que ocorreu foi isso...”. E por aí vai, dá para ver que ele tem uma loucura sensível, ele é distante e fala umas coisas inapropriadas, mas quando se toca na parte da ciência ele sempre se afia. Ao mesmo tempo ele tem todo o caso com o filho dele, e é um personagem que sofre o tempo todo, mas está perdido, tentando recuperar os prazeres da vida que tinha perdido por conta do que amava fazer: descobrir os segredos da ciência.


John Scott (Mark Balley)



Agente e amante de Olívia, que logo no primeiro episódio morre se revelando um traidor. O ponto é: traidor para qual lado? Esse é um dos mistérios de John Scott, que ainda permanece “vivo” na mente de Olívia, devido à transferência de informações que ela faz para obter informações a respeito do suspeito do atentado. Aparentemente John trabalha para um “poder paralelo” (não, não é a nova novela da Record), reunindo informações a respeito desses casos loucos e desenfreados, mesmo usando o governo americano como meio para adquirir e repassar essas informações. Ele avisa Olívia a respeito do “Padrão” e passa a aparecer como uma visão para ela em diversos momentos, como resquício de memória que fica na mente dela, indicando pistas de casos que ele mesmo tinha trabalhado antes.


Sobre o ator... É ele faz um bom trabalho, digo, as aparições do John Scott não são de grande espaço na série, as reações da Olívia se destacam mais por ela vê-lo como uma assombração e ele estar lá, de boa na maioria das vezes, então, ele cumpre seu papel razoavelmente bem, mas para um personagem chave, ele não aparece tanto assim de maneira multi-expressiva.


Phillip Broyles (Lance Reddick)



Broyles é o superior de Olívia e que abre todo esse “sub-departamento”, que ela gerencia para cuidar desses casos misteriosos. No início vemos que ele tinha certa rixa com Olívia e John, mas logo se vê que ele está interessado nas capacidades dela. Além disso, Broyles parece que sabe coisas a respeito do padrão e tem contatos estreitos com Nina Sharp da Massive Dynamics. Ele sempre se desdobra para conseguir ajudar Olívia em uns aspectos mais judiciais e legais, mas ao mesmo tempo parece quer-la manipular para seus próprios interesses e de “afiliados invisíveis” que parece ter.


Lance Reddick, que interpreta Broyles me lembra um pouco o personagem de Heroes, o “haitiano”. Ele tem aquele olhar fixo e duro, como se todo o mundo fosse se dobrar perante o fitar. Pode parecer que é uma interpretação simples e restrita, mas acho que para o personagem essa que é a graça, para mostrar que mesmo sendo maleável ante as necessidades fora do comum dos casos, ele mantém sempre a mesma expressão e pose inflexível, como quem pudesse controlar as ondas e os ventos. E sim, se você topar com esse cara em um elevador e ele te olhar, pode ser que você se divida em dois meu caro (minha cara) hehehehe.


Nina Sharp (Blair Brown)



Nina Sharp é uma das diretoras executivas da Massive Dynamics. Empresa criada pelo antigo parceiro do doutro Walter, chamado de William Bell. Nina faz o tipo de “fiel” (no sentido religioso), para com seu patrão e sua empresa, sempre a defendendo, mesmo que na maioria das vezes os casos que Olívia investiga a levem até a MD. Nina parece saber muito sobre o padrão e ao mesmo tempo tem certa relação com Broyles que mostra um “conchavo” de ambos. Ela tem uma espécie de prótese artificial, com esqueleto metálico, estrutura transparente e uma camada de pele artificial, mostrando como ela se beneficiou de certos avanços científicos que não estão À disposição de qualquer um.


Blair Brown, que faz o papel de Nina é como uma mistura de Rita Lee com Nicete Bruno, e ao mesmo tempo em que faz uma interpretação de senhora amável também tem aquela faceta de manipuladora misteriosa. Mas é o caso do John Scott, que não aparece tanto assim para vermos uma variação enorme na interpretação, mas ela é bem competente no papel.


Outros personagens: Entre outros personagens temos Astrid Farnsworth, que é uma ajudante de Olívia e Walter, expert em línguas e computação que tem uma participação bem interessante nos casos. Também tem a irmã de Olívia, Rachel e sua filhinha Ella que passam a morar com ela em certo momento. Mitchell Loeb, um agente que é amigo de Broyles e que é infectado por uma estranha parasita em um dos episódios. David Robert Jones, que é vivido excelentemente por Jared Harris (foi o doutor Ashford nos filmes de Resident Evil e John Lennon no bacana “Two of Us”), que é o líder de um grupo tecno-terrorista (aparentemente), chamado ZFT (falarei disso no próximo capítulo). E o estranho Observador, um cara careca até nas sobrancelhas que parece estar envolto em muitos mistérios, sendo um “ser humano” diferente de qualquer outro, sempre avaliando algumas situações e tendo um contato secreto com o doutros Bishop.



Fringe e Planetary – Uma conspiração em comum

- Planetary, uma das melhores séries em quadrinhos dos últimos tempos. Conspiração em meio a segredos e tecnologia.



Para quem não conhece, Planetary é uma série em quadrinhos muito bem escrita por Warren Ellis e desenhada por John Cassaday. Nessa série (de 26 edições e com um epílogo marcado pra sair esse ano), um grupo de pessoas buscando descobrir diversos fatos e tecnologias que, de alguma forma, foram enterradas e perdidas por algum motivo. Como Arqueólogos do Desconhecido. Enquanto eles tentam desvendar esses segredos perdidos, outra organização (conhecida como os Quatro), tenta evitar que eles consigam esse conhecimento, usurpando qualquer mistério para si e se tornando cada vez mais poderosos. Claro que, como uma HQ, tem muitas influências de super-heróis, mas também de várias outras áreas da cultura pop, como

filmes dos anos 50, kung-fu, livros pulp e por aí vai.


Dá para encontrar essa similaridade no caso de Fringe. Primeiramente, todos esses casos em que a Olívia se envolve têm uma causa que, por algum motivo, parece estarem interligadas. Isso seria o chamado Padrão, que é descrito primariamente como “pessoas que usam o mundo como seu laboratório de pesquisas”, ou seja, gente que faz esses experimentos e causa a situação para ver “no que que dá”. Mas depois de um tempo percebemos que o padrão é um pouco mais que isso, já que sentimos o envolvimento da Massive Dynamics entre outras empresas dentro desse esquema. Entre esses ocorridos, eles parecem estar tentando controlar a tecnologia à solta causando esse estardalhaço desnecessário e, por isso, Olívia é uma ferramenta importante para o caso.


Ao mesmo tempo, existe muita coisa ligada ao passado do Doc Bishop. Ele não se lembra de muitas coisas de seu passado, mas tudo o que aparece pela frente ou tem um pitaco dele ou ele sabe como algo poderia ter transcorrido até tal ponto. Ainda mais com seu misterioso e inacessível ex-parceiro, William Bell e as causas incertas que levaram um a ser internado e o outro a ser um Bill Gates turbinado.


Sem falar em uma organização que eu diria ser “pseudo-terrorista”, a ZFT, que causa e busca objetivos ainda incertos, mas é de certa forma, uma antagonista ao Padrão e, por outro lado, uma parte dele. O ZFT é basicamente o que a IMA é para a Marvel (para quem não saca de quadrinhos, IMA significa Idéias Mecânicas Avançadas, e eles são um grupo de cientistas que cometem crimes para poder financiar suas pesquisas, testar suas criações tecno-bélicas e etc).


É isso o que leva ao seriado ter o subtítulo (pelo menos no Brasil) de “Grande Conspiração”. Todos esses eventos compõem parte de algo ainda maior a ser revelado para o espectador, mas é algo maior que flutua como é o necessário para se dar graça a uma conspiração “secreta”. Os casos ocupam certa parte dos eventos e ao mesmo tempo tem interligação com esse grande mistério, então, não se se entedia muito do segredo, como muitas pessoas citam que Lost mantém segredos por tempo DEMAIS e isso fica enfadonho por poucos serem revelados e muitos serem elaborados para ficar de molho.


Em Planetary, os Quatro (aliás, nitidamente uma referência ao Quarteto Fantástico), usa as tecnologias que eles descobrem de forma egoísta, para que apenas eles usufruam de toda essa capacidade tecnológica, o oposto que o Planetary quer: descobrir esses segredos e avanços para contribuir para a evolução da própria sociedade humana. O que vejo de certa forma expresso nos desejos do Padrão, que parece controlar (ou querer controlar), qualquer ponta solta da evolução tecnológica que, atualmente, já está a todo vapor. Quando Nina Sharp se apresenta para Olívia e mostra o nível de sua prótese, dá para entender que existem muitas coisas desenvolvidas que não são “soltas” por aí.


Sabe isso me lembra algumas teorias conspiratórias e até mesmo alguns fatos. Tem muita gente que diz que existem curas para várias doenças e até mesmo novas doenças já criadas para serem liberadas por ai. Não quero dizer que isso é verdade, mas é algo que expressa o fato de ter uma lenda com esse cunho, de algo ser desenvolvido em segredo para mais tarde fazer um grande impacto. Por exemplo, muitas pessoas acham que internet é algo novo, mas desde os anos 50 ela já foi desenvolvida, entretanto só muitos anos depois que foram criados computadores baratos e com um sistema mais simples de se usar e, posteriormente, se tornou cada vez mais tangível. Outro exemplo é ao redor dos videogames, no começo dos anos 90 os mais proeminentes eram o SNES e o Mega-Drive, ambos com uma engine (leia: processador) de 16 Bits, foi quando a Atari (aqueeeeeela do cláááááásico videogame dos 80’s), lançou O Jaguar, que tinha 64 Bits, quatro vezes o que os outros dois tinham. Resultado? Faliu. Isso porque ninguém conseguia desenvolver direito jogos interessantes, com um visual superior e correspondente a expectativa do Produto.


- Leonard Nimoy na capa de seu CD de Jovem Guarda: "Meu broto, meu carango, minha vida longa e próspera"



Dá para ver que muitas vezes a tecnologia ainda não está madura para o conhecimento do público, ou até mesmo dos próprios pesquisadores. Por muitas vezes temos teorias e conceitos profundos quanto ao que pode ser e acontecer, vide o acelerador de partículas LHC, que muitos pensam que vai destruir o mundo, mas está longe disso, porque esse é o efeito que o desconhecido causa nas pessoas: o medo. Trabalhando com o medo que se é possível criar uma boa dose de suspense e, enfrentando-o face a face, que é possível se ver através de suas causas, aprender com elas e domar esse desconhecido.


E no final...



Bom, no final eu vos digo que essa série até o momento está muito boa. Como ainda não tem um zilhão de capítulos (Vide 24 horas, por exemplo, na décima temporada vai ter quantos episódios? Duzentos e quarenta não?), qualquer um pode alugar/baixar/comprar/assistir que vai entender de boa e sem complicações o desenrolar da trama.


Atualmente está passando às 22h00min horas no canal da Warner, das terças e, como é de costume do canal, vez ou outra passa uma maratona reprisando os episódios, além, é claro, de reiniciar a exibição da série quando ela atingir o final da temporada e só restar esperar pela produção de novos capítulos.


Recomendo também, dar uma olhada no site oficial da série e também no blog em português Fringe Lab.


Bem é isso, espero que apreciem a série, caso passem a ver devido a minha opinião! Lembrando que é a minha visão dos fatos em alguns pontos, não sou um profissional ou algo do tipo. A série tem seus altos e baixos, mas acho que compensa assistir e que um olhar atento pode revelar que é excepcional. Podem dar uma chance!!!


Ciao Bambinos e regazzas! :-D