Fringe
Habemos, Fringe!
Pseudo-Ciência com Excelência
Olá, olá. Dessa vez eu vou comentar a respeito de uma série recente que está sendo lançada nos EUA: Fringe. Essa série foi produzida e desenvolvida por J. J. Abrams, que é conhecido do povo por ser um dos idealizadores da mega-série Lost (que eu, pessoalmente, não vou muito com a cara). Estou dizendo isso porque geralmente é o que se “vê” ao falar de Fringe, dá para se pensar que as séries terão certa relação por causa disso, mas não acho muito.
A premissa de Fringe é bem interessante. Ela trata a respeito da chamada “Ciência de Borda”, que significa nada menos que aquela ciência entre o limite do que conhecemos e da plausibilidade. Por exemplo, no jogo Parasite Eve (os Nerds do play devem saber do que estou falando), que foi baseado em um romance escrito por Hideaki Sena. Nele as mitocôndrias, uma das bases da célula humana, adquirem vida em uma hospedeira que passa a proclamar a era das mitocôndrias. Como essa parte controla a produção de energia da célula, elas não só conseguem evoluir o organismo (para uma forma animalesca) como imbuir com mais energia de modo que até ratos ficam maiores e mais ferozes que Dobermanns soltando raios do rabo.
- Aya Brea e Olívia... Situações fora de controle, na borda da ciência, habilidades fora do normal...
Ou seja, de certa forma, a ciência de borda é algo que trabalha nos limites do possível com o impossível. E Fringe é isso aí. Uma das coisas que diferencia de outra série extremamente conhecida e até “similar” na abordagem
é esse fato. Sim, estou falando de Arquivos X um dos maiores sucessos em termos de “seriados” em muitos e muitos anos. Acho que a principal diferença de Fringe é justamente abordar os mistérios de uma forma plausível, mesmo que seguindo pela linha do que não está provado, enquanto Arquivos X se centra mais no mistério de algo desconhecido (seja científico, místico, alienígena e etc), causando algo fora dos padrões para Mulder (posteriormente, Doggett) e Scully investigarem, sem se importar tanto com o que causa o efeito, mas sim a origem de tal fenômeno.
Não quero criar um cross aqui, é só para mostrar a diferença entre duas séries que podem ser vistas como “similares” (agentes do governo americano investigando casos envolvendo forças além da compreensão humana), e não sei dizer qual seria a melhor entre as duas, mas isso é mais para a questão do gosto pessoal mesmo.
A Base está na História
- Spoilers, o Bart solta!
No enredo, Olívia Dunham é uma agente do FBI que é chamada para resolver um caso estranho com seu parceir
o (e amante secreto) John Scott. No caso, um avião pousa com seu sistema eletrônico e todos os passageiros estão mortos, com a carne e órgãos derretidos e os esqueletos expostos.
Seguindo uma pista, os dois seguem até um local com um armazém guarda-volumes (cômodos para quem quer guardar coisas, como armários gigantes, nunca vi isso por aqui), e encontra o provável causador do ataque, e na perseguição o cara escapa usando uma explosão, que contamina o agente Scott com o vírus do derretimento no processo.
Como é algo muito avançado e desconhecido, a agente Dunham acaba tendo que recorrer para um cientista que fazia operações e pesquisas secretas nos anos 60-70, Walter Bishop. Entretanto Walter está em um manicômio fazem 18 anos e somente com o aval de um membro da família ele poderia ser liberado para auxiliar nas pesquisas a respeito de uma possível causa e decorrente cura. Olívia recorre ao filho de Walter, Peter Bishop, que é uma espécie de pilantra do bem, mas que não tem relações muito boas com o pai. Dessa forma, eles formam uma espécie de “força” para procurar a cura através dos conhecimentos difusos de Walter Bishop (ele estava em um manicômio por 18 anos, compreenda...), até conseguirem encontrar pistas do que estava fazendo isso.
Durante o processo, eles buscam o conhecimento que o um antigo colaborador de Walter adquiriu para depois formar uma empresa com grandes avanços tecnológicos, a Massive Dynamics, que é uma espécie de LuthorC
orp/Stark Enterprises da vida, e também descobrem que pode ter um agente comprometendo algumas missões, servindo de agente duplo.
Eles conseguem desvendar o que ocorre com John Scott, porque Olívia utiliza uma das antigas invenções de Walter. Um tanque com água salina, no qual vários eletrodos ligados na nuca de Scott e na de Olívia faz com que ela entre na mente do agente para descobrir a última imagem vista pelo enfermo: O rosto do suspeito. A partir de um retrato falado, eles descobrem a identidade do sujeito e traçam o local onde o ele estava se escondendo, capturando-o, assim achando amostras para desenvolver uma cura. John Scott é curado e Olívia fica mais sossegada...
Até que ela percebe que o agente que estava traindo a agência era nada mais nada menos que o próprio John Scott. Ela volta até o hospital que ele estava, mas percebe que ele já ia saindo de fininho. Dessa forma se inicia uma perseguição de carros, onde Jonh Scott acaba morrendo nos braços de Olívia, dizendo para ela que ele a amava de verdade e queria protegê-la do “padrão”.
Assim, como novos casos parecem despontar no horizonte, uma divisão do Bureau é criada para combater essas “experiências” de tecnologias desconhecidas que ameaçam a sociedade. A série tem seu início.
Personagens
- Casting no Lab!
Olívia Dunham (Anna Torv)
Olívia é uma agente do FBI que se encarrega de liderar a equipe. Ela parece ser mais do tipo mental, que lida com enigmas e pistas, mas ao mesmo tempo sempre participa das missões de campo. Ela lembra uma mistura de Fox Mulder com Dana Scully, ainda mais porque tem um lado cético que entra em contra ponto com cada nova descoberta que faz. Ao mesmo tempo a personagem começa a mostrar lapsos da memória de John Scott que a auxilia em diversos momentos para resolver os casos, como uma espécie de fantasma do passado a guiando. Ela tem a ajuda do agente Charlie Francis (Kirk Acevedo, o Miguel Alvarez da ótima e violentaça série OZ), que é um amigo e quase irmão, que muitas vezes fica desconfiado das “fontes confidenciais” as quais Olívia se submete e o custo que elas podem ter para a agente. E, realmente, Olívia começa a se afundar nesse mundo novo e desconhecido.
A respeito da atriz e sua atuação, olha eu acho que a Anna Torv faz um trabalho muito bom, talvez por eu não vê-la em outras atuações, eu a ache legal, mas enfim, eu a acho bem competente, ela consegue expressar legal os dilemas da Olívia e, não sei por que, ela me lembra um pouco a Gwyneth Paltrow, não digo tanto fisicamente, mas acho que os trejeitos sabe. Mas como ela representa um dos grandes alicerces da série, acredito que esteja levando bem o seu encargo, sem se mostrar apática ou “chocha” no papel.
Peter Bishop (Joshua Jackson)
Peter Bishop é uma espécie de gênio problemático. Podemos ver que muito se deve a falta do pai em sua criação e que, ao mesmo tempo, ele por si próprio tem uma grande capacidade cognitiva que usa para fazer seus trambiques. Sim, ele tem vários enroscos em Boston (local onde se situam 90% das histórias e ocorridos), com um pessoal da pesada (ta, sem essa de narrador de comercial de filmes da globo, é CRIME MANO!), e por isso estava fugindo de lá, até que Olívia o encontra no Iraque armando um golpe para tirar dinheiro dos caras (mas que feeeeeio senhor Bishop). Quando ele retorna, muito a contragosto, se vê que ele tem uma relação bem distante do pai, que ele vê como um cara que abandonou ele e a mãe para as pesquisas até ficar louco, mas em certos momentos ele sente uma grande “pena” e a falta que o pai dele faz.
Peter aparenta não ser tão esperto quanto o pai (bom, talvez por não passar anos estudando), mas tem vários lapsos de conhecimentos, o que leva a crer que ele com seu QI de 190 é totalmente desleixado em relação a isso. Dessa forma, sua utilidade para o grupo é a de auxiliar Olívia a lidar com o pai, ajudar o pai com seu conhecimento científico que, apesar de amplo é também ligeiramente limitado e também utilizar de suas “conexões no submundo” para conseguir pistas para Olívia de modo, bom, vamos dizer “não-corriqueiros”.
Joshua Jackson faz o papel de Peter, acho que a maioria o conhece ou da série Dawsons Creek (ele fazia o Peacey), ou do filme Skulls (nunca vi, mas é a respeito de uma espécie de Sociedade Secreta pra fazer Maçom chupar). Sinceramente eu acho a atuação dele muito bacana, como Peter ele consegue ser bem cínico em vários momentos, inclusive com o pai dele, mostrando um ressentimento ao mesmo tempo com uma veia de humor e é isso que ele coloca no personagem, dá para ver que é certa ambigüidade no tom de voz e tudo mais. Também está bem nesse papel, encaixou feito uma luva para o garoto (bom, se em que ele já deixou de ser garoto faz tempo hahahaha).
Walter Bishop (John Noble)
O Doutor Bishop (Doc de graduação) é o responsável por muitas coisas que ocorreram. Fazendo pesquisas secretas para o governo, para desenvolver uma nova ciência e avanços tecnológicos sobre os inimigos dos EUA (vida, COMMIES), ele fez diversas inserções (ui), em áreas totalmente abastadas da ciência e com muitos questionamentos morais. As pesquisas dele foram interrompidas quando um acidente ocasionou na morte da assistente dele e de outro cientista que o auxiliava, William Bell (rumores dizem que será interpretado por Leonard Nimoy, o Spock de Star Trek), que atualmente é o presidente-fundador da Massive Dynamics, a maior empresa de tecnologia do mundo.
Depois de passar muitos anos no manicômio sua memória e contato com a realidade se perderam, mas não seu brilhantismo, em alguns momentos ele consegue ajudar a desvendar os mistérios a respeito dos acasos científicos que batem à porta.
Ele é interpretado por John Noble (que pode ser mais facilmente reconhecido como Denethor, em O Senhor dos Anéis), que sinceramente está SEM-SA-CIO-NAL no papel. Não sei como dizer isso, bom, até sei, mas vá lá, ele simplesmente é um dos “shows” do programa. O personagem é bem composto, é muito bem escrito e o ator faz o papel ficar esplêndido. Primeiro de tudo, o Doutor é louco, simplesmente louco, ele não se lembra de quase nada do que acontecia antes, só como flashes, e isso afeta o comportamento dele até nos costumes. Por exemplo, ele está em cima de um corpo, morto misteriosamente em uma lanchonete, perguntam o que ele acha e ele diz “Duas coisas, acho que aquela torta sob o balcão deve estar muito saborosa...” e ai perguntam e a outra coisa “ah sim, acho que o que ocorreu foi isso...”. E por aí vai, dá para ver que ele tem uma loucura sensível, ele é distante e fala umas coisas inapropriadas, mas quando se toca na parte da ciência ele sempre se afia. Ao mesmo tempo ele tem todo o caso com o filho dele, e é um personagem que sofre o tempo todo, mas está perdido, tentando recuperar os prazeres da vida que tinha perdido por conta do que amava fazer: descobrir os segredos da ciência.
John Scott (Mark Balley)
Agente e amante de Olívia, que logo no primeiro episódio morre se revelando um traidor. O ponto é: traidor para qual lado? Esse é um dos mistérios de John Scott, que ainda permanece “vivo” na mente de Olívia, devido à transferência de informações que ela faz para obter informações a respeito do suspeito do atentado. Aparentemente John trabalha para um “poder paralelo” (não, não é a nova novela da Record), reunindo informações a respeito desses casos loucos e desenfreados, mesmo usando o governo americano como meio para adquirir e repassar essas informações. Ele avisa Olívia a respeito do “Padrão” e passa a aparecer como uma visão para ela em diversos momentos, como resquício de memória que fica na mente dela, indicando pistas de casos que ele mesmo tinha trabalhado antes.
Sobre o ator... É ele faz um bom trabalho, digo, as aparições do John Scott não são de grande espaço na série, as reações da Olívia se destacam mais por ela vê-lo como uma assombração e ele estar lá, de boa na maioria das vezes, então, ele cumpre seu papel razoavelmente bem, mas para um personagem chave, ele não aparece tanto assim de maneira multi-expressiva.
Phillip Broyles (Lance Reddick)
Broyles é o superior de Olívia e que abre todo esse “sub-departamento”, que ela gerencia para cuidar desses casos misteriosos. No início vemos que ele tinha certa rixa com Olívia e John, mas logo se vê que ele está interessado nas capacidades dela. Além disso, Broyles parece que sabe coisas a respeito do padrão e tem contatos estreitos com Nina Sharp da Massive Dynamics. Ele sempre se desdobra para conseguir ajudar Olívia em uns aspectos mais judiciais e legais, mas ao mesmo tempo parece quer-la manipular para seus próprios interesses e de “afiliados invisíveis” que parece ter.
Lance Reddick, que interpreta Broyles me lembra um pouco o personagem de Heroes, o “haitiano”. Ele tem aquele olhar fixo e duro, como se todo o mundo fosse se dobrar perante o fitar. Pode parecer que é uma interpretação simples e restrita, mas acho que para o personagem essa que é a graça, para mostrar que mesmo sendo maleável ante as necessidades fora do comum dos casos, ele mantém sempre a mesma expressão e pose inflexível, como quem pudesse controlar as ondas e os ventos. E sim, se você topar com esse cara em um elevador e ele te olhar, pode ser que você se divida em dois meu caro (minha cara) hehehehe.
Nina Sharp (Blair Brown)
Nina Sharp é uma das diretoras executivas da Massive Dynamics. Empresa criada pelo antigo parceiro do doutro Walter, chamado de William Bell. Nina faz o tipo de “fiel” (no sentido religioso), para com seu patrão e sua empresa, sempre a defendendo, mesmo que na maioria das vezes os casos que Olívia investiga a levem até a MD. Nina parece saber muito sobre o padrão e ao mesmo tempo tem certa relação com Broyles que mostra um “conchavo” de ambos. Ela tem uma espécie de prótese artificial, com esqueleto metálico, estrutura transparente e uma camada de pele artificial, mostrando como ela se beneficiou de certos avanços científicos que não estão À disposição de qualquer um.
Blair Brown, que faz o papel de Nina é como uma mistura de Rita Lee com Nicete Bruno, e ao mesmo tempo em que faz uma interpretação de senhora amável também tem aquela faceta de manipuladora misteriosa. Mas é o caso do John Scott, que não aparece tanto assim para vermos uma variação enorme na interpretação, mas ela é bem competente no papel.
Outros personagens: Entre outros personagens temos Astrid Farnsworth, que é uma ajudante de Olívia e Walter, expert em línguas e computação que tem uma participação bem interessante nos casos. Também tem a irmã de Olívia, Rachel e sua filhinha Ella que passam a morar com ela em certo momento. Mitchell Loeb, um agente que é amigo de Broyles e que é infectado por uma estranha parasita em um dos episódios. David Robert Jones, que é vivido excelentemente por Jared Harris (foi o doutor Ashford nos filmes de Resident Evil e John Lennon no bacana “Two of Us”), que é o líder de um grupo tecno-terrorista (aparentemente), chamado ZFT (falarei disso no próximo capítulo). E o estranho Observador, um cara careca até nas sobrancelhas que parece estar envolto em muitos mistérios, sendo um “ser humano” diferente de qualquer outro, sempre avaliando algumas situações e tendo um contato secreto com o doutros Bishop.
Fringe e Planetary – Uma conspiração em comum
- Planetary, uma das melhores séries em quadrinhos dos últimos tempos. Conspiração em meio a segredos e tecnologia.
Para quem não conhece, Planetary é uma série em quadrinhos muito bem escrita por Warren Ellis e desenhada por John Cassaday. Nessa série (de 26 edições e com um epílogo marcado pra sair esse ano), um grupo de pessoas buscando descobrir diversos fatos e tecnologias que, de alguma forma, foram enterradas e perdidas por algum motivo. Como Arqueólogos do Desconhecido. Enquanto eles tentam desvendar esses segredos perdidos, outra organização (conhecida como os Quatro), tenta evitar que eles consigam esse conhecimento, usurpando qualquer mistério para si e se tornando cada vez mais poderosos. Claro que, como uma HQ, tem muitas influências de super-heróis, mas também de várias outras áreas da cultura pop, como
filmes dos anos 50, kung-fu, livros pulp e por aí vai.
Dá para encontrar essa similaridade no caso de Fringe. Primeiramente, todos esses casos em que a Olívia se envolve têm uma causa que, por algum motivo, parece estarem interligadas. Isso seria o chamado Padrão, que é descrito primariamente como “pessoas que usam o mundo como seu laboratório de pesquisas”, ou seja, gente que faz esses experimentos e causa a situação para ver “no que que dá”. Mas depois de um tempo percebemos que o padrão é um pouco mais que isso, já que sentimos o envolvimento da Massive Dynamics entre outras empresas dentro desse esquema. Entre esses ocorridos, eles parecem estar tentando controlar a tecnologia à solta causando esse estardalhaço desnecessário e, por isso, Olívia é uma ferramenta importante para o caso.
Ao mesmo tempo, existe muita coisa ligada ao passado do Doc Bishop. Ele não se lembra de muitas coisas de seu passado, mas tudo o que aparece pela frente ou tem um pitaco dele ou ele sabe como algo poderia ter transcorrido até tal ponto. Ainda mais com seu misterioso e inacessível ex-parceiro, William Bell e as causas incertas que levaram um a ser internado e o outro a ser um Bill Gates turbinado.
Sem falar em uma organização que eu diria ser “pseudo-terrorista”, a ZFT, que causa e busca objetivos ainda incertos, mas é de certa forma, uma antagonista ao Padrão e, por outro lado, uma parte dele. O ZFT é basicamente o que a IMA é para a Marvel (para quem não saca de quadrinhos, IMA significa Idéias Mecânicas Avançadas, e eles são um grupo de cientistas que cometem crimes para poder financiar suas pesquisas, testar suas criações tecno-bélicas e etc).
É isso o que leva ao seriado ter o subtítulo (pelo menos no Brasil) de “Grande Conspiração”. Todos esses eventos compõem parte de algo ainda maior a ser revelado para o espectador, mas é algo maior que flutua como é o necessário para se dar graça a uma conspiração “secreta”. Os casos ocupam certa parte dos eventos e ao mesmo tempo tem interligação com esse grande mistério, então, não se se entedia muito do segredo, como muitas pessoas citam que Lost mantém segredos por tempo DEMAIS e isso fica enfadonho por poucos serem revelados e muitos serem elaborados para ficar de molho.
Em Planetary, os Quatro (aliás, nitidamente uma referência ao Quarteto Fantástico), usa as tecnologias que eles descobrem de forma egoísta, para que apenas eles usufruam de toda essa capacidade tecnológica, o oposto que o Planetary quer: descobrir esses segredos e avanços para contribuir para a evolução da própria sociedade humana. O que vejo de certa forma expresso nos desejos do Padrão, que parece controlar (ou querer controlar), qualquer ponta solta da evolução tecnológica que, atualmente, já está a todo vapor. Quando Nina Sharp se apresenta para Olívia e mostra o nível de sua prótese, dá para entender que existem muitas coisas desenvolvidas que não são “soltas” por aí.
Sabe isso me lembra algumas teorias conspiratórias e até mesmo alguns fatos. Tem muita gente que diz que existem curas para várias doenças e até mesmo novas doenças já criadas para serem liberadas por ai. Não quero dizer que isso é verdade, mas é algo que expressa o fato de ter uma lenda com esse cunho, de algo ser desenvolvido em segredo para mais tarde fazer um grande impacto. Por exemplo, muitas pessoas acham que internet é algo novo, mas desde os anos 50 ela já foi desenvolvida, entretanto só muitos anos depois que foram criados computadores baratos e com um sistema mais simples de se usar e, posteriormente, se tornou cada vez mais tangível. Outro exemplo é ao redor dos videogames, no começo dos anos 90 os mais proeminentes eram o SNES e o Mega-Drive, ambos com uma engine (leia: processador) de 16 Bits, foi quando a Atari (aqueeeeeela do cláááááásico videogame dos 80’s), lançou O Jaguar, que tinha 64 Bits, quatro vezes o que os outros dois tinham. Resultado? Faliu. Isso porque ninguém conseguia desenvolver direito jogos interessantes, com um visual superior e correspondente a expectativa do Produto.
- Leonard Nimoy na capa de seu CD de Jovem Guarda: "Meu broto, meu carango, minha vida longa e próspera"
Dá para ver que muitas vezes a tecnologia ainda não está madura para o conhecimento do público, ou até mesmo dos próprios pesquisadores. Por muitas vezes temos teorias e conceitos profundos quanto ao que pode ser e acontecer, vide o acelerador de partículas LHC, que muitos pensam que vai destruir o mundo, mas está longe disso, porque esse é o efeito que o desconhecido causa nas pessoas: o medo. Trabalhando com o medo que se é possível criar uma boa dose de suspense e, enfrentando-o face a face, que é possível se ver através de suas causas, aprender com elas e domar esse desconhecido.
E no final...
Bom, no final eu vos digo que essa série até o momento está muito boa. Como ainda não tem um zilhão de capítulos (Vide 24 horas, por exemplo, na décima temporada vai ter quantos episódios? Duzentos e quarenta não?), qualquer um pode alugar/baixar/comprar/assistir que vai entender de boa e sem complicações o desenrolar da trama.
Atualmente está passando às 22h00min horas no canal da Warner, das terças e, como é de costume do canal, vez ou outra passa uma maratona reprisando os episódios, além, é claro, de reiniciar a exibição da série quando ela atingir o final da temporada e só restar esperar pela produção de novos capítulos.
Recomendo também, dar uma olhada no site oficial da série e também no blog em português Fringe Lab.
Bem é isso, espero que apreciem a série, caso passem a ver devido a minha opinião! Lembrando que é a minha visão dos fatos em alguns pontos, não sou um profissional ou algo do tipo. A série tem seus altos e baixos, mas acho que compensa assistir e que um olhar atento pode revelar que é excepcional. Podem dar uma chance!!!
Ciao Bambinos e regazzas! :-D