Não Vou Zoar os Santistas...
Sou Corinthiano. É bem simples, sou corinthiano. Isso é o suficiente para ouvir ovações e cumprimentos ou uns palavrões e cusparadas nas costas. Bom, isso é uma coisa da paixão, que as pessoas perdem suas cabeças por conta disso, mas, sinceramente, apesar de ser Corinthiano e gostar de ver meu time jogar (e ganhar), não vou me dar o ridículo de me sentir maior do que ninguém. Talvez mais afortunado, mas maior, não, não é bem isso...
Sabe, antes mesmo de começar o jogo, de fato, dias ANTES de começarem o jogo, já estava tendo uma briga lá na Vila entre os torcedores. Não é nem preciso dizer que isso é um tanto quanto ridículo. Eu moro em uma cidade próxima a Santos e, como é de se pensar, tem muita torcida aqui por conta do "regionalismo". É natural, o time mais próximo é o Santos, que teve muitas glórias há um bom tempo atrás e, atualmente, se mantém como um dos componentes dos "Quatro Mais" do futebol paulistano. Então, acho que tem um apelo pra quem mora aqui e não tem o costume de torcer para outro time passado pelas gerações anteriores.
Sim, posso dizer que sou Corinthiano por conta de meu pai, que básicamente é um caipira (va lá, eu me considero caipira e caiçara ao mesmo tempo, apesar de ser mais branco que o Drácula de Bram Stoker e Francis Ford Coppola), e desde pequeno tenho camisa, cacrecos e etc. Em 1990 meu pai gravou o repeteco dos melhores momentos da final do Brasileirão que o Corinthians ganhou (com aquele gol do Tupãzinho, ê talismã da Fiel, esse faz uma falta!!!), e me mostrou quando eu tinha uns 8-9 anos, lá pelos idos de 94-95. Me lembro de um negócio que meu pai sempre conta pros outros, de qunado eu era pequeno, o Corinthians estava perdendo do Palmeiras, e a gente em um casamento, e ai eu escuto e começo a chorar "buáááááá, não pode tá perdendoooooo"... É meu, é bem engraçado...
Mas enfim, isso foi passado para mim como uma espécie de herança genética. Tem gente que pode dizer que isso é uma certa "fraqueza" em termos de escolha, por eu não ter escolhido tanto por conta própria, mas não é só isso... Do meu pai eu não puxei tanta coisa, acho que dele eu peguei o gosto de água com Gás, usar cotonetes (tem muita gente que não tem tanto o costume hahaha) e torcer pelo Corinthians. Talvez até um gosto pella música caipira de raíz e aqueles sambas de roda como do Adoniran (caras, pessoal que curte o Rock N' Roll, Blues e Jazz, não maldigam certas coisas como essas, pois em termos é uma música raíz, com melodias, harmonias e temas bucólicos do cotidiano de pais, avôs e bisavôs), que hoje em dia são massificados como água e são merdas comerciais (até na MPB e no rock tem hoje em dia, com lixos como NXZero, Malu Magalhães, CSS, Bonde do Rolê, que isso sim é uma desgraçada e uma vergonha)...
Entretanto não posso dizer que sou Corinthiano meramente por herança paternal e cultural. Depois de um costume tem algo que noto, que o torcedor do Corinthians não é um torcedor comum. Acredito que o torcedor corinthiano seja mais aguerrido a seu amor pelo time. Torcedor corinthaino sofre mesmo, e é algo como Karma, é diferente do São Paulo, que costuma estar geralmente no topo das competições, conquistando tudo sem problema com até uma pseudo soberba (são paulinos, não se exaltem, só digo o que eu penso, não sou, nem posso ser a voz da verdade, mas vocês sabem que quando o São Paulo está bem e é pra ganhar é uma campanha infalível). Mas o Corinthians é um sofrimento, é um karma, é bola na trave "uuuuh fodeu, fodeu", pra ser campeão só é nos últimos minutos do jogo com um golzinho chorado, com chutão, com pressão, com zombaria... E pra ser corinthiano tem que ter quase um segundo coração, porque quando é derrotado, tem que segurar tudo, tem que apertar bem forte e se levantar e apoiar o time. Por isso a torcida do Corinthians não se esconde. Talvez por isso tenha aquela coisa de Nação Corinthiana e Anti-Corinthiana, por que com tanta paixão, mesmo em face aos maiores sofrimentos, não se larga o osso de jeito nenhum. Lembra até o carinha que carregou a cruz nas costas!
Então é natural que tenha muita birrinha, e muita picuinha e muito dedo no olho (da CARA meus caros, no olho da CARA!!!). Quando perde, mesmo por vitória sofrida por parte do oponente, sempre tem aqueles que viram macaquinhos circenses pulando e bufando a testosterona que lhes restam. Sabe, é foda, às vezes isso até distorce os fatos, outras vezes até mesmo fomenta a discórdia. Alimenta uma raiva, um ódio que não tem o menor motivo para existir. Já ouviram pedradas, pauladas e conflitos urbanos vergonhosos. E não é só aqui, é só dar uns meses que veremos o campeão inglês e os subsequentes abusos e depredações dos Hooligans...
Não é por aí...
O principal intuito do esporte é simular um embate, uma disputa, de forma não violenta (bom, digamos, não "mortal"), com regras, as capacidades física e mentais de seus participantes. Ao mesmo tempo que isso tem um conteúdo lúdico, de diversão em quem participa, também tem aquele lado instintivo de competição e aprimoramento. O lado técnico é valorizado, mas acima de tudo é a própria superação, reconhecer a superioridade do oponente em esforço e estratégia, para não só valorizar quem se confronta, mas a si mesmo como quem o confrontou e aprende a partir daí os pontos os quais se deve se superar para o próximo embate. É por isso que se diz que o importante é competir, pois o aprendizado ganho vale tanto para quem ganha quanto para quem perde. Isso lembra um pouco os guerreiros samurais japoneses, eles tinham um respeito profundo pelo inimigo, pois sabiam que se forem mortos ou matarem alguém, não haveria um rancor pessoal envolvido, já que dos dois lados, ambos estavam dispostos a matarem e morrem. (lembro de ler que uns chegavam a perfumar os elmos, caso fossem decapitados, as suas cabeças não fedessem quando apresentadas ao general, ou coisa assim).
Gostaria de ver sempre que possível esse tipo de suporte. Hoje em dia, torcer por um time deixou de ser "dar suporte" aos seus jogadores e comissão para elevar sua moral e, vibrar com esses resultados, para amis uma forma de ter uma justificativa que não justifica nada e ter quem atacar, quem insultar e se prostar como superior (talvez dado ao valor extremo que os brasileiros dão ao futebol, vá saber...), então tem muita picuinha que desce a ladeira embaixo. É cosia de judeus e palestinos mesmo! Mas totalmente sem sentido...
Tanto que aqui, reunido no domingo com parte da família da minha mãe (em maioria santista), eu não sinto a menor necessidade de falar que foram uma desgraça ou zombar, mesmo que tenha muita gente que apareça só para falar "CHUUUPA GAMBÁ", quando tem uma vitória ou algo assim, que pra mim FODA-SE, mas tem muita gente que se irrita e mantém esse elo ridículo...
Bom, é isso aí, post sobre Futebol em um blog que é mais NERD é uma coisa meio rara, mas tá valendo!!!
Domingo que vem espero que seja uma boa partida, se o Santos fizer o milagre de ganhar de 3 gols de diferença, jogando bem e o Corinthians muito mal, não ficarei ofendido com isso e sim um pouco descontente da atuação do Timão, mas até lá, sem zombarias e degradação, só espero que o futebol ganhe mais admiradores do espetáculo em si, vejam lances como os gols muito bons do Ronaldo, que é pra qualquer pessoa, vencendo ou perdendo (ou ficando irritado com qualquer resultado), admirar e dizer "taí aglo que valeu meu ingresso, ou minhas duas horas sentados nessa cadeira, vendo vários marmanjos correndo atrás de uma bola..."
Sabe, antes mesmo de começar o jogo, de fato, dias ANTES de começarem o jogo, já estava tendo uma briga lá na Vila entre os torcedores. Não é nem preciso dizer que isso é um tanto quanto ridículo. Eu moro em uma cidade próxima a Santos e, como é de se pensar, tem muita torcida aqui por conta do "regionalismo". É natural, o time mais próximo é o Santos, que teve muitas glórias há um bom tempo atrás e, atualmente, se mantém como um dos componentes dos "Quatro Mais" do futebol paulistano. Então, acho que tem um apelo pra quem mora aqui e não tem o costume de torcer para outro time passado pelas gerações anteriores.
Sim, posso dizer que sou Corinthiano por conta de meu pai, que básicamente é um caipira (va lá, eu me considero caipira e caiçara ao mesmo tempo, apesar de ser mais branco que o Drácula de Bram Stoker e Francis Ford Coppola), e desde pequeno tenho camisa, cacrecos e etc. Em 1990 meu pai gravou o repeteco dos melhores momentos da final do Brasileirão que o Corinthians ganhou (com aquele gol do Tupãzinho, ê talismã da Fiel, esse faz uma falta!!!), e me mostrou quando eu tinha uns 8-9 anos, lá pelos idos de 94-95. Me lembro de um negócio que meu pai sempre conta pros outros, de qunado eu era pequeno, o Corinthians estava perdendo do Palmeiras, e a gente em um casamento, e ai eu escuto e começo a chorar "buáááááá, não pode tá perdendoooooo"... É meu, é bem engraçado...
- Neto!!! Caraca, eu queria uma dessas camisas da Kalunga!!!
Mas enfim, isso foi passado para mim como uma espécie de herança genética. Tem gente que pode dizer que isso é uma certa "fraqueza" em termos de escolha, por eu não ter escolhido tanto por conta própria, mas não é só isso... Do meu pai eu não puxei tanta coisa, acho que dele eu peguei o gosto de água com Gás, usar cotonetes (tem muita gente que não tem tanto o costume hahaha) e torcer pelo Corinthians. Talvez até um gosto pella música caipira de raíz e aqueles sambas de roda como do Adoniran (caras, pessoal que curte o Rock N' Roll, Blues e Jazz, não maldigam certas coisas como essas, pois em termos é uma música raíz, com melodias, harmonias e temas bucólicos do cotidiano de pais, avôs e bisavôs), que hoje em dia são massificados como água e são merdas comerciais (até na MPB e no rock tem hoje em dia, com lixos como NXZero, Malu Magalhães, CSS, Bonde do Rolê, que isso sim é uma desgraçada e uma vergonha)...
Entretanto não posso dizer que sou Corinthiano meramente por herança paternal e cultural. Depois de um costume tem algo que noto, que o torcedor do Corinthians não é um torcedor comum. Acredito que o torcedor corinthiano seja mais aguerrido a seu amor pelo time. Torcedor corinthaino sofre mesmo, e é algo como Karma, é diferente do São Paulo, que costuma estar geralmente no topo das competições, conquistando tudo sem problema com até uma pseudo soberba (são paulinos, não se exaltem, só digo o que eu penso, não sou, nem posso ser a voz da verdade, mas vocês sabem que quando o São Paulo está bem e é pra ganhar é uma campanha infalível). Mas o Corinthians é um sofrimento, é um karma, é bola na trave "uuuuh fodeu, fodeu", pra ser campeão só é nos últimos minutos do jogo com um golzinho chorado, com chutão, com pressão, com zombaria... E pra ser corinthiano tem que ter quase um segundo coração, porque quando é derrotado, tem que segurar tudo, tem que apertar bem forte e se levantar e apoiar o time. Por isso a torcida do Corinthians não se esconde. Talvez por isso tenha aquela coisa de Nação Corinthiana e Anti-Corinthiana, por que com tanta paixão, mesmo em face aos maiores sofrimentos, não se larga o osso de jeito nenhum. Lembra até o carinha que carregou a cruz nas costas!
Então é natural que tenha muita birrinha, e muita picuinha e muito dedo no olho (da CARA meus caros, no olho da CARA!!!). Quando perde, mesmo por vitória sofrida por parte do oponente, sempre tem aqueles que viram macaquinhos circenses pulando e bufando a testosterona que lhes restam. Sabe, é foda, às vezes isso até distorce os fatos, outras vezes até mesmo fomenta a discórdia. Alimenta uma raiva, um ódio que não tem o menor motivo para existir. Já ouviram pedradas, pauladas e conflitos urbanos vergonhosos. E não é só aqui, é só dar uns meses que veremos o campeão inglês e os subsequentes abusos e depredações dos Hooligans...
Não é por aí...
O principal intuito do esporte é simular um embate, uma disputa, de forma não violenta (bom, digamos, não "mortal"), com regras, as capacidades física e mentais de seus participantes. Ao mesmo tempo que isso tem um conteúdo lúdico, de diversão em quem participa, também tem aquele lado instintivo de competição e aprimoramento. O lado técnico é valorizado, mas acima de tudo é a própria superação, reconhecer a superioridade do oponente em esforço e estratégia, para não só valorizar quem se confronta, mas a si mesmo como quem o confrontou e aprende a partir daí os pontos os quais se deve se superar para o próximo embate. É por isso que se diz que o importante é competir, pois o aprendizado ganho vale tanto para quem ganha quanto para quem perde. Isso lembra um pouco os guerreiros samurais japoneses, eles tinham um respeito profundo pelo inimigo, pois sabiam que se forem mortos ou matarem alguém, não haveria um rancor pessoal envolvido, já que dos dois lados, ambos estavam dispostos a matarem e morrem. (lembro de ler que uns chegavam a perfumar os elmos, caso fossem decapitados, as suas cabeças não fedessem quando apresentadas ao general, ou coisa assim).
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2 comentários:
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