domingo, maio 31, 2009

Miracleman – Arvore Genealógica dos Deuses


- Capa da primeira edição do Moore!


Uau! Que título ein!!! Bom, to aqui para cumprir o prometido. Eu terminei a terceira parte do roteiro que estava fazendo para o Projeto EffectMan, então vou falar um pouco aqui de um dos meus personagens FAVORITASSOS, o Miracleman.


- Algum dia eu vou ter uma camisa dessas! O padin até fez o vetor pra mim, só não achei onde fazer :-(

Mas para falar do Miracleman e sua origem, é preciso explicar algumas coisas em seu passado, ainda mais par ao s leigos, que é importante dizer. Miracleman foi um “plágio” de um “pseudo-plágio”. E é incrível como a visão do Moore superou ambos. Mas é só minha opinião como fã louco e descontrolado do Rouxinol de Northampton.


- Capitão Marvel por Alex Ross!

Em 38 inventaram o que é considerado o primeiro Super-Herói e o marco da Era de Ouro dos Quadrinhos. Ninguém menos que o ceroulento do Super Homem. Antes dele as revistas em quadrinhos eram mais aventurescas, com gênios da ciência, dos treinamentos secretos no Himalaia e esse tipo de coisa, mas nenhum tinha o que chamamos de “Super-Poder”, todas as habilidades possuídas por Doc Savage, o Sombra ou Flash Gordon eram coisas que uma pessoa comum poderia ter com grande treinamento e estudos (claro que mesmo acima da média humana, beirando o extraordinário, mas ei, é ficção apesar de tudo), só que o Azulão (não falo do The Tick), mudou pra sempre esse conceito.


- Capitão e Billy por CC Beck.


Depois do Super aparecer muitos outros personagens começaram a surgir, vendo que ele foi um personagem com um conceito inovador e que chamou muita a atenção. O Batman, por exemplo, surgiu porque queria repetir o sucesso de um herói encapuzado, mas que tivesse alguma coisa de diferente. Bob Kane, o criador do Batman (tudo bem, eu sei sobre o resto da galera que ajudou a criar o morcego), juntou uma pá de referências para criar o morcegão, como um “semelhante” ao Super, mas mesmo assim diferente. Mas o que realmente nos importa falar é do Capitão Marvel.

- Todos os bonequinhos muito loucos. Coelho Marvel (hahaha, esqueci o nome), Billy Batson, Mary Marvel, Capitão Marvel, Capitão Marvel jr e Doutor Silvana.


O Capitão Marvel foi um personagem criado para a Fawcett Comics em 39 pelo artista C. C. Beck e o escritor Bill Parker. O personagem era Billy Batson um garoto que é invocado pelo Mago SHAZAM para receber poderes dos deuses para lutar pela justiça. Quando o pequeno Batson gritava o nome do Mago, ele recebia a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, o vigor de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio, tornando-se assim o Capitão Marvel.


- CC Beck, o criador do Capitão Marvel.


Em muitos aspectos o Capitão Marvel era parecido com o Super-Homem, Billy era órfão, trabalhava em um meio de comunicação (rádio Whiz), mas era mais na aparência e nos poderes, como super força, resistência e etc. Ou seja, ele era o que tinha mais de aproximado ao status de “campeão de força” que era o super, que agora temos Ajax, Sentinela (da Marvel), Apollo do Authority e etc, que são aqueles caras que são fortes, resistentes pacas, voam e etc.



- Hypérion (Poder Supremo e do UM), Apollo do Authority, Gladiador da Shiar, Sentinela e Supremo. Homenagens...


Entretanto a coisa com o Capitão Marvel é que ele surgiu rapidamente e caiu muito fácil no gosto do público. Isso porque muitos dos fãs se sentiam mais ligados e próximos com a idéia por trás do personagem. Era muito mais fácil imaginar, para uma criança, que um mago poderia te dar esses super-poderes todos se você gritasse SHAZAM do que vir de outro planeta e ser adotado e tudo mais. Além disso, Super-Homem era um Homem, tinha problemas e perguntas de homem, enquanto o Capitão era, ainda, mesmo depois de se transformar, Billy Batson, uma criança como qualquer outra.

Com isso, a DC (não lembro se já era DC ou se ainda usava o nome de National), quis barrar a produção da revista, acusando de plágio por conta das semelhanças que citei acima. O que é uma baita de uma sacanagem, tendo em vista que tanto o Batman quanto o Superman foram criados a partir de uma porrada de outras fontes de inspirações, assim como o Capitão Marvel fez o mesmo ao se inspirar no Super e em outros mitos. Além disso vários heróis surgiram na época, e até o próprio conceito estourou, mas somente por isso o Capitão Marvel foi alvo da DC. Em 1953, a DC vence a Fawcett que é obrigada a interromper a revista.

- Capitão MArvel... da Marvel. Um soldado de um mundo avançado que se apaixona pela terra e se revolta contra seu mundo. Essa história escrita pelo Starlin é fantástica! Apesar dos pesares de ter truncado o Capitão Marvel da DC...


Isso aqui é só um briefing sobre o Capitão Marvel. Anos depois, a DC compra a Fawcett e todos os seus personagens, com isso a editora começa a produzir a revista, claro, fez mó sucesso, agora tem mais chance de fazer sucesso assim só que lucrando para a DC. Só que a Marvel também estava produzindo seu próprio Capitão Marvel e entrou contra a DC em 1973 para barrar o personagem. Hoje em dia, o Capitão Marvel não consegue se estabelecer em uma revista própria, acredito que ele não possa ter uma com o nome próprio, mas ele aparece sempre na JSA, no universo DC, tendo grande participação da brilhante minissérie Reino do Amanhã, quase como se fosse a “vingança do Marvel”.


- GARGUNZAAAAA, o inimigo de Miracleman inspirado no doutor Silvana do Capitão Marvel.


Retornado para o Miracleman, em 1954 a revista do Capitão Marvel era uma das mais vendidas e rentáveis no reino unido. Quando a produção foi interrompida a única solução para manter a renda foi criar um personagem “similar” (para não dizer cópia) do personagem. Assim o artista Mick Anglo criou o Marvelman (também conhecido como Jack Marvel, nome cuja Wikipédia, ele foi rebatizado no Brasil), um personagem que tem a seguinte história:

O jovem repórter Mick Moran encontra o astrofísico Guntag Bornhelm (se me recordo bem), no lugar do mago Shazam, que dá a ele os poderes da chave harmônica do universo, baseados na energia atômica. Gritando KIMOTA (“atomik” ao contrário, no lugar de SHAZAM), ele se transforma em Marvelman, possuindo grandes poderes para fazer o bem. Juntam-se a ele depois Young Marvelman (chamado de Dick Dauntless) e Kid Marvelman (Johnny Bates), no lugar do Capitão Marvel Junior (Freedy Freeman cujo visual inspirou muito o próprio Rei do Rock, Elvis Presley) e Mary Marvel (Mary Batson, irmã de Billy), sendo que a palavra mágica deles era “marvelman”.


- Young Miracleman, não aparece muito no run do Moore.

Até 1963 eles tiveram várias histórias, com um sucesso grande, quando foi interrompida a produção. Não sei dizer qual o motivo, porque não me lembro de ter lido em nenhum lugar a respeito disso. Mas em 1963 a revista foi encerrada.

Entretanto, em 1982, Alan Moore, o foda (quem não acha ele foda e um dos melhores escritores de HQs de todos os tempos pode sair, xô, pode até não gostar do estilão do Rouxinol de Northampton, mas tem que se admitir isso, que ele é bom e importante para as HQs como um todo), criou um projeto com a revista Warrior (uma publicação inglesa de quadrinhos), para dar continuidade a Marvelman. Como tava com tanto rolo de “Marvel” nos quadrinhos, eles rebatizaram para Miracleman e pronto. Eu sinceramente acho Miracleman um nome muito melhor e, putz, tomara que daqui a N anos quando publicarem pro cá não resolvam mudar o nome para Milagroso ou Homem-Milagre...

- Acreditem. KidMiracleman do aml promove a maior matança que já vi nos quadrinhos!


Enfim, na versão de Moore, alguma coisa aconteceu com Miracleman há muitos anos. Ele começa mostrando um Mick Moran gordo, velho, casado e que constantemente tem sonhos estranhos de estar voando por entre imensidões desconhecidas pelo homem. Tudo isso muda quando no meio de um ataque terrorista, Mick se lembra da palavra que havia esquecido há tanto tempo. Ele a expele de sua boca tonta e de sua mente confusa. Kimota, novamente Miracleman renasce nesse mundo, após muitos anos preso entre dimensões confusas.

- To falando, com Kid Miracleman é explosão de cabeças com a cabeçada.


Eu não vou colocar muitos spoilers aqui, mas vou seguir dizendo que Moore fez um run interessante, para não dizer supremo em Miracleman. Ele simplesmente pegou um personagem que não era nada fantástico, mas não era ruim, uma cópia de uma cópia, e fez uma seqüência de histórias tão impressionante, com tantos conceitos e maravilhas que superou os próprios personagens iniciais. Entre os inimigos dele, posso citar o Doutor Gargunza, um gênio que nasceu no México, mas foi criado nas asperezas do Brasil, depois virou um dos gênios do Reich e, mais tardiamente, envolvido com o próprio Miracleman e sua criançao; Kid Miracleman, que ao contrário de Moran passou os anos lacrado como KidMiracleman e cresceu assim, ficando totalmente corrompido pelo poder, como uma versão assassina do Adão Negro. Ainda é preciso falar do ótimo trabalho que os desenhistas fazem, como John Totleben, Gary Leach e acho que o Alan Davis faz uma pontinha. Basicamente, os desenhos são por parte do povo que fez Monstro do Pântano com o Moore.


- Capa do Primeiro volume do Moore. Sério, já vi na amazon por mais de 3 mil dólares!


Miracleman era algo mais próximo a realidade e problemas humanos, coisa que Moore reproduziu em menor escala no Monstro do Pântano e depois em Watchmen. O olhar de Mick é diferente do de Miracleman, e há uma preocupação com toda a questão do mito do super homem, criado por Nietzsche, essa coisa de um ser no qual o homem deve se transformar para superar a si próprio (o que eu tenho sempre em mente foi uma das coisas mais geniais que Nietzsche já pensou e que é base da minha filosofia pessoal junto com algumas outras coisas), e colocando isso num contexto sensacional... Cacete, eu poderia elogiar essa história por mais dez páginas que nem eu nem vocês iriam se cansar de ler, porque é bom mesmo! Mas não to com todo o tempo do mundo para isso ehhehe.


- Todd McFarlane, safado! O Thiago até me lembrou que ele teve um rolo por chamar um mafioso Toni Twist, com o mesmo nome de um jogador de baseball...


Bem, depois do Moore, o Neil Gaiman fez umas histórias para o personagem. Ele se baseou muito no status que o Moore deixou quando terminou suas histórias (sim, porque o bacana disso é que há uma grande mudança no mundo em si), e são histórias bem legais, mais calmas, sem tanta ação e sobre várias coisas e formas de pensar. Que foram, infelizmente, barradas juridicamente.

Por quem? Marvel? DC? Mick Anglo? Nãoooooooooooooooo. Todd McFarlane!


- Neil Gaiman, pimpão!


Filho da puta esse McFarlane. Deixe-me explicar outro ponto. É provável que a maioria já saiba de tudo isso que estou falando, mas tenho que dizer mesmo assim. No começo dos anos 90, uma galera que formava a nova vanguarda de desenhistas debandou de suas editoras para formarem a Image. Entre os mais conhecidos, Rob Liefield, Jim Li, Marc Silvestri e o Todd McFarlane (e vários outros). A Image era uma editora que colocava arte em primeiro lugar e roteiro depois e, bem, a arte também não era lá aquelas coisas, pois priorizava o dinamismo antes de tudo, se fosse ação extrema, se fosse porradaria e visuais loucos e coisas assassinas e etc, tava ótimo, e assim, vendeu muito! Vendeu porque era novidade e tudo mais, mas foi do tipo de coisa que agora, vendo bem, não era tão bom, na verdade, era uma merda...

Enfim, o Gaiman escreveu algumas coisas para o McFarlane, do Spawn, criou vários conceitos e personagens que o McFarlane nunca pagou para o Gaiman e que foi usando a rodo, além disso, ele teria colocado o Miracleman no meio do lance, sendo que o Moore tinha deixado os direitos com o Gaiman. Ou seja, teve muito rolo em relação a isso e o personagem ficou congelado. Não podia nada ser publicado ou republicado, a batalha jurídica ta demorando demais, o Gaiman escreveu até uma mini para a Marvel (1602) para custear parte dos gastos e...


- Alan Moore tá velhinho. Mas é o Moore! Moore não morre, vira tendência!


Bem, até agora ficou nisso, mas recentemente o Alan Moore acabou com essa papagaiada. Ele simplesmente disse que os direitos são do Mick Anglo, o verdadeiro criador do personagem que, atualmente, está passando por dificuldades. O resto do pessoal se estapeia, mas está bem, ele estava mal... Ainda está... Então o Moore acabou com essa putaria toda, pra reverter os direitos a quem se deve. Com isso, poderão ser finalmente republicados, além disso, podem ser feitas algumas animações com o personagem, o que é algo muito bom, uma ótima notícia, aliás!

Se conseguir um tempo, farei uma série de reviews de cada edição do Moore (como eu tenho? Hahahaha usem suas imaginações a respeito de como eu consegui essas edições), então, se quiserem fazer isso antes, digo, irem ler anteriormente, façam. Porque vale muito, a pena!!! Ciao bambinos i regazzas!

- Cara, essa estátua é foda, queria uma, ou alguma pela Bowen Designs...

quarta-feira, maio 20, 2009

Vou mim bora pra Sum Paulo


Galera, eu vim aqui fazer um jogo rápido, devo me mudar para São Paulo dentro em breve e gostaria de deixar isso comunicado. Apesar de não serem tantas as pessoas que vem aqui ler meus causos e surtos (aos que vem meu muito obrigado, o mesmo para os que estão vindo e para os que nunca virão), acho que devo pelo menos ter esse respeito e dizer para eles que é um passo importante na minha vida. Estou parado desde que me formei, fazem uns dois anos, e só tenho escrito, comido e vivido de mordomia aqui em casa, e isso é ruim, pode não parecer, mas é ruim porque te entorpece, a ponto de você não entender o que seus pais querem dizer com o belo “vá trabalhar vagabundo”, e eles não entenderem que isso é uma das coisas que fica difícil vivendo assim.


Bom, eu estou indo dentro em breve, como já disse, só vou acertar com uns amigos de dividir um lugar com eles e se possível, já irei neste domingo para trabalhar já na segunda de manhã. Estou um pouco eufórico porque acho que se dormi fora de casa (dizendo fora de casa, quero dizer, longe de meus pais), mais de 5 dias da minha vida, isso foi muito, então é tudo um grande mistério para mim, mas estou eufórico no que se concerne em agarrar a vida com as duas mãos e abraçá-la até fazer parte de mim. Além disso, todos os meus maiores amigos (leia, minha banda do coração), estão lá e, apesar de eu ganhar pouco de início (não revelarei, por motivos óbvios), devo me divertir muito e isso é sempre uma oportunidade para crescer e se desenvolver como ser humano e cidadão. Desde que eu me entendo por gente eu estou tocando e escrevendo e, se possível, são duas coisas que eu gostaria de fazer para viver, ou pelo menos, uma para viver e outra para me divertir.


Fui chamado para trabalhar junto com o pessoal da Sala 5 na confecção da revista de rua Menisquência (é uma gíria que serve para muitas coisas, mas sinceramente, acho que é tipo uma gíria para ninguém saber quem é, que nem o Octopus do Spirit que o FRANK MILLER MOSTROU QUEM ERA LOGO DE CARA AAAARGH... – Dificuldades técnicas, por favor, aguarde – ops, desculpem, esse filme de merda realmente deixou seqüelas), essa revista eu ajudei desde o momento da criação com roteiros e ajudando no texto, mas somente agora conseguiram uma verba para me trazer para lá (para LÁ e não Para ALÁ, não tem nenhum muçulmano fundamentalista lá... que eu saiba), e tudo mais. Vou por essa bodega de revista para funcionar (junto com o outro redator que irá trabalhar comigo, o Manfredd [que é bem mais promissor que eu já que eu não prometo nada mesmo que eu sei], é a nossa tarefa), e, além disso, vou tentar por em todo vapor o blog dos caras. (Pra falar a verdade, quero fazer muitas coisas, então quero mudar o nome para Frente Multi-Mídia Menisquência, topa Luiz?).


Então eu vim aqui dizer isso, não sei se vou ter muito tempo para escrever constantemente para cá, com esse futuro fluxo de trabalho que terei. Vou tentar usar o tempo livre que tenho para continuar a escrever roteiros e também ajudar no blog do Massafera, então aqui pode ser que fique meio vazio de tempos em tempos, mas pode ser que eu cole notícias desses blogs e outras coisas para fazer um resumo ou algo do tipo. Pode ser que eu desembeste algum dia e escreva uma porrada de coisas em um dia e consiga ir atualizando isso normalmente, quem sabe. O foda é eu não ter um note, por exemplo, que isso facilitaria eu fazer em casa, mas nos fins de semana, que eu (espero), voltar pra cá para meus pais não ficarem muito preocupados (minha mãe fica, meu pai diz que só fica de saco cheio de escutar minha mãe preocupada, mas é só o jeito dele de “homem criado no campo, de maneiras mais antigas”, dizer que também se preocupa, eu entendo o meu pai nesse quesito e espero que ele não leia isso aqui, porque também é cabeça dura e vai dizer que não e etc... Mas é meu pai é, eu entendo, mesmo não entendendo!), ai sento no PC e escrevo no tempo que dá, antes de ir jogar um Roleplay (que faz tempo que não jogo, tem que chamar a galera como o MAC, o Bruno, o Padin, o Moyle e etc), jogar uma bola (que faz tempo também que não jogo, mas pelo menos meus dedos ficam sem levar bolada, essas pqps de anular e médio foram atingidos duas vezes em cada mão e faz uns dois meses/um mês respectivamente e ainda não consigo estalá-los direito), ou um vidro-game... Sem falar ver a família, NE? Hehehehe


E... putz, minha mãe pegou o dinheiro que eu tinha separado para ir cortar o cabelo hoje... cacete, vou ter que cortar com o Carioca (barbeiro que corto cabelo desde meus 1 ano de idade e que toda vez que cortei com outro deu zica no meu hair), amanhã... Ia também visitar a dona Carmella... Hmmmm, então, lembrando ao povo que lê isso e ta em pose dos meus gibis, por favor, vão devolvendo, que vai ficar foda para eu pegar, ou então a gente conversa pra ver sobre a custodia, quero dizer, vou deixar a maioria dos meus gibis aqui em casa, mas é coleção que quero um dia transferir para meu lar... Algum lar que eu tiver...


Enfim é isso que eu queria dizer, talvez eu acabe meu primeiro artigo sobre o Miracleman e poste antes de ir, mas não sei das probabilidades. Agora vou almoçar o que, pelo cheiro, parece frango empanado com milho refogado (não é meio estranho isso? Frango come milho [farelo, mas tudo bem], e agora eu como ambos no prato hahahaha é como papar uma lésbica e uma bi na cama ao mesmo tempo [minhas sinceras desculpas as meninas que se sentirem ofendidas por esse comentário sexista, mas também, vão procurar ver alguma graça na vida, não sou um cara pra ser levado tão a sério a ponto de tudo oque eu digo ser relevante, marcante ou insinuante], mas ta lá no prato e isso era pra ser um parênteses, virou outro parágrafo), e vou me despedindo por enquanto!!! Desculpem também a falta de imagens aqui, se der tempo eu faço uma versão 2.0, adicionando imagens ao post.


Ciao Bambinos!!!


PS: Acho que vou fazer o “Bolão do Assalto”, sério mesmo, vou ver se tem bastante gente que aposta em QUANDO vou ser assaltado em Sampa, só decidindo o dia e com algumas variantes, quiçá, e parte da renda acumulada vai ser revertida para MIM, para pelo menos ajudar depois de eu ser limpo ou ter alguma coisa furtada!!! Quem topa?


PS 2: Aaaaah, meu cachorrinho Moby pulou no meu colo agora, que bonitinho, que safadinho, querendo dormir enquanto eu tento digitar!!! Logo logo ele vai ficar assanhado pra cima de mim pra comer porções do meu prato, sendo que a ração dele ele não quer dividir!!!


domingo, maio 17, 2009

FANBOYS - Quando nerds viram fundamentalistas islâmicos!

- Vai, admita, foi um título bacana!!! Aé, esse é o poster do filme!

Olá galera. Vou falar agora sobre um filme que acabei de ver. O nome do filme é Fanboys e é recente. A história desse filme é básica, ela atende aquele tipo de “Road trip”, onde as pessoas têm um objetivo em comum, mas dificuldades com umas coisas e outras, mas no decorrer da conquista desse objetivo, começa a lidar com isso, de certa forma que o objetivo no final não conta tanto quanto a viagem em si. Têm tipo, centenas de filmes assim.

Em Fanboys é praticamente a mesma coisa. A história é sobre quatro amigos (um deles meio desviado e longe do grupo no início), que em 98-99 armaram um plano para entrar no Rancho Skywalker do George Lucas (pra quem não sabe o que é estranho, pois acredito que quem tiver paciência pra ler esse blog em posts enormes saiba desse bagulho), para roubar/copiar/assistir o filme Star Wars I antes dele ser lançado. É, isso aí.


- Aé, esqueci de dizer que tem uma mina. a Fanboa Kristen Bell!

Basicamente o filme se centra em muitos nerdismos por parte de Star Wars, com várias piadas e trocadilhos a esse respeito, quando eu vi o trailer eu pensei que fossem exagerar nisso, mas achei que eles souberam dosar um pouco, para não ficar somente na parte de falar e falar e falar disso como se fosse à única coisa do mundo. Quero dizer, tem vezes que vemos fanboys, mas, meu deus, eu pelo menos não conheço ninguém que seja um cara tão fissurado que só fala disso, se veste disso, quer se casar assim e o diabo a quatro. Então, tudo bem...


- Mostre seus peitos se você gosta de Wookiees. Porra, claro que elas iam mostrar, que ro dizer, são grandes e peludos, com uma voz grossa que provávelmente lembra a voz, o peso e a pelugem de seus padrastos do IOWA que constantemente às estupravam na fazenda, eqnuanto os gritos eram abafados por uma vitrola de 60 rotações com músicas do Hank Williams, fazendo assim elas se transformarem nas assassinas loucas e desenfreadas por tarados nerds que iriam marcar de sangue todas as rotas agrícolas do centro-oeste americano...


No filme, vemos que os amigos planejam fazer isso há anos, mas depois de se formarem, um deles abandona o sonho de ser desenhista de quadrinhos e vai trabalhar com o pai (oh, puxa, isso é mais recorrente do que a galera imagina), então os outros tentam puxar ele para fora dessas, pra fazer essa loucura, e ele decide ir quando descobre que um dos amigos (o qual ele era mais próximo e estava mais afastado), estava com um câncer.

Então eles vão procurar uma forma de entrar lá com uma van toda pintada e construída a lá Star Wars, e passam por umas coisas básicas, como lutarem com uns trekkers (fãs de Star Trek), pararem em um clube de motoqueiros gay, terem uma viagem com dorgas, serem presos e aí vai. Enquanto isso eles vão resolvendo seus problemas, geralmente tentam pegar em uns pontos mais “nerdescos” (putz, parece mistura de nome de bolacha com nome de banco), como arranjar uma garota, sair de casa e seguir seus sonhos ou acordar pra vida. Tirando o lance de um deles estar com câncer, o que sei lá, meio que destoa com o clima de certa forma, mas como não é para ser uma comédia tipo Todo Mundo em Pânico, isso ajuda a manter um clima mais “pé no chão”, apesar de tudo.

Outra coisa, eu sempre achei meio bizarro esse extremismo cultural que aparece representado. Como eu bem disse, não vi ninguém sendo tão louco até tal ponto. Talvez por eu morar em cidade pequena. Tava falando com uma amiga minha sobre o clipe “Ela é Otaku” dos Seminovos (banda do cara do site do Charges, genial, por falar nisso), e bem, o que seria otaku em sim? Eu leio mangás, vejo animes, gosto do Japão, da história e da cultura, watashi wa nihongo o tyotto hanashimasu e o caralho a quatro. Mas ainda sim, não seria otaku. O que seria então? Eu teria que ser cosplayer? Sei lá, tem pessoas que fazem cosplay e nem sacam muito dos personagens, mas gostam das fantasias.


- "Otaku o seu ku! Watashi tati wa Sutaru Warasukus!!!"


O que quero dizer com isso é que pra ser considerado aos olhos de todo mundo, tem que ser tudo isso, viver, respirar, só falar isso, te rum quarto cheio de quinquilharias, só comer ramen, ter produtos e cacetada a quatro além do que é vendido e que atualmente você vê e lê. Ou seja, é todo um estilo de vida. Mas sei lá, é pra tanto? No filme tem várias perguntas para testar o “nerdismo” dos caras a esse respeito, então quer dizer que se eles não soubessem, mas coisas mais obscuras e remotas da saga eles seriam menos fãs? Mas que merda é essa idéia. Ser fã é gostar e entender os personagens, na significância dada a eles. Você não precisa comprar tudo para ser fã, se entende o que o autor quer passar com a sua obra, a mensagem e tudo mais. Isso porque em parte é a parte artística da coisa que mexe conosco que deve ser mais valorizada, e não ter todo esse preciosismo sobre detalhes e coisas assim, porque isso é só uma parte do merchan que fazem para lucrar com vários produtos e spin-offs, que podem ter qualidade ou não, mas não faz ninguém melhor que ninguém nesse nível.


- Ótima sacada referenciar a capa do Virgem de 40 anos!!! E essas máscaras são legais!!!

Hoje em dia, entretanto, parece que é uma moda ser um geek, um nerd e etc. Sabe, vou dizer uma coisa, eu gosto dessas bodegas todas desde que eu me entendo por gente, e sinceramente, ser nerd, gostar dessas coisas, de videogames, quadrinhos, filmes e coisas assim nunca foram motivo de orgulho. Nunca me orgulhei de gostar de Batman, ou de saber fazer combos em Tekken e de cantar por aí as músiquinhas do Yuyu Hakushô (é, pode ser tosco, mas eu sempre curti as versões brasileiras hahaha). Simplesmente nunca tive motivo para me orgulhar de gostar do que eu gosto que é algo com a mais pura naturalidade. Simplesmente é o que gostou, sou quem sou, faço o que faço. Só que hoje em dia, tem muita gente que gosta, mas não por gostar, não é por ser, não tem um verdadeiro apreço pela coisa, é mais uma forma de escolha visual, uma escolha para se colocar em um grupo X ou Y. E isso pode chegar até a irritar, porque é algo que você tem um apreço que as pessoas usam e abusam para se sentirem melhores na fita, mas de verdade, não são pra isso, ao invés de serem honestos, fazem é mais ceninha e corrompem as pessoas como um buraco negro suga tudo em volta. É tipo pose de NX Zero, Fresno e essas porras como banda de rock. Meu, eles podem até saber fazer acordes, mas a maioria dessas bandas não passam de boys bands vendendo-se com outra roupagem, e isso é o válido para diversos tipos de pessoas.

Assim eu até entendo a primeira parte de questionar uma pessoa, sobre o que diabo é isso e aquilo, mas acho que quando você está com uma pessoa que gosta e conversa normalmente sobre isso, dá para se ver a paixão que a pessoa nutre igualmente por aquilo, pois paixão é coisa da arte (como disse), e quando a pessoa não tem, ela fala algo e faz uma pose...


- Cara... esses desenhos são foda!


Enfim, acho que eu estouro muito, não era para sair assim hahahaha.

Mas o que eu falei é válido, pois tem muitos mitos de birrinhas entre fãs de jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas. Agora tem até birras com fãs de Senhor dos Anéis, Matrix e a pqp de Piratas do Caribe. Qualquer coisa que faça uma trilogia ou algo assim parece criar essa birrinha. No caso de Star Trek e Star Wars, eu sinceramente digo que ambas foram importantes criações para a ficção científica no cinema, quadrinhos, TV e etc, e cada um tem seus pontos fortes. Eu prefiro Star Wars, porque são só três filmes (não curto os três novos), enquanto Star Trek tem várias séries e filmes e é um pouco mais complicado de se saber tudo e etc. Mas ainda gosto.

Então fecho dizendo que esse filme é bacana, porque não é 100% fanboyzisse (apesar do nome), eu diria que é 95% fanboyzisse e, o pessoal sabe do extremismo fanboyzesco, acharia que 5% a menos é não ser tãooooo fanboy assim), tem referências a várias outras coisas nerdescas também, mas se você é grande fã de Star Wars, vai achar bacana, porque não é um filme puxa-saco, mas tem bastante referências e principalmente uma porrada de participações especiais!!! Além disso tudo, ainda vale pela delicinha sapeca (se pego, sodomizo e bondagizo na hora) da Kristen Bell!!! Então vale a pena! Daria um 3,5 em uma escala de 5!!! (Se bem que odeio essas porras de notas, porque nunca dá muito certo hahaha).

- Yes bitch, say to your master with you like to get spanked!!! Allright, Now, LICK IT UP!



PS: Farei uns reviews sobre Miracleman em breve!!! Cya!!!

sábado, maio 16, 2009

Absolute Dark Knight - Resenha
- É a única imagem que vou postar, porque to com um pouco de pressa, então, vá lá!!! É a capa do encadernado que obtive!!!


Olá pessoal. Bom, parece que o Hoax não pegou, ou quase ninguém leu hehehe afinal meu blog acho que é mais mesmo para meus chegados (e quando digo chegados, leiam “pessoas que eu mando para ler e faço birra se não lerem”), e alguns sortudos ou azarados que caem linkados por... Sei lá, alguns dos marcadores que coloco aqui. Seria engraçado ver alguém chegando por cagada no blog e atualmente achando interessante. Mas sei lá, eu mesmo leio poucos blogs, quando mandam uma coisa interessante eu paro e dou uma lida... Enfim, hoje em dia o V-Log que toma conta...

Ah, também queria dizer que agora estou postando junto com o meu caro amigo Massafera no blog dele (este aqui). Então podem aparecer por lá também que estou escrevendo o que ele me pede e traduzindo pra inglês pra gringada que tem o DEVER de admirar a arte do cara possa entender “what’s going on”.

Outra coisa eu queria saber do meu caro amigo Prático o que aconteceu com o Gonçalo Jr. Juro que não fiquei sabendo de nenhum treco desses com o cara, o “Guerra dos Gibis” é um livro excelente, é tipo um Veias partidas da América Latina para o meio quadrinístico no Brasil e se afastar desse lado acadêmico com suas publicações é uma perda enorme. Pode me contar ali no reservado, mas também acho algo digno de se dar nota e realmente dar um puxão de orelha nessa galera ai que lê quadrinhos e que se foda, á ta na hora mesmo de fazer alguma coisa em relação ao que está acontecendo com os comics feitos, estudados e impressos aqui, eu acho que tão elitizando muito as HQs, aliás, acho isso faz tempo, desde a época em que fiz meu TCC...

Bom, voltando a programação normal... To aqui meio puto jogando Contra 3... E PQP, esse joguinho é foda, ou eu sou muito ruim mesmo, porque male male consigo passar da terceira fase desse bagulho. Agora que cheguei no chefão, um tipo de Exterminador do Futuro Ultraman-sized eu apanho pra cacete. Claro que é uma bosta jogar no teclado (é, meu SNES foi pro saco [de doações, não do lixo] faz bons anos e não tenho videogame faz anos e anos), enfim, fiquei um pouco irado, queria me animar um pouco pra acabar de vez a terceira edição de EffectMan (meu projeto pros gringos de HQ que está quase pronto), mas vou fazer é outra coisa... Liguei aqui o Toxicity do SOAD (EU GOSTO!!! Tem muita gente que olha com cara feia porque são meio metal, outros por ser meio modinha do começo dos anos 00 e outros por só ser meio metal, mas aço que os caras são engajados, as músicas tem peso e também tem um bom diferencial que não ficam na baba que é o Nu Metal), e vou fazer um review jogo rápido.

Dark Knight, pela última vez, juro!

Bom, como disse no meu post anterior eu ganhei a Edição Definitiva do Cavaleiro das Trevas. Ganhei pelo twitter numa promoção feita pelo @boletimpanini, e chegou aqui em casa segunda. Legal que veio em um envelope assinado pelo Oggh, editor da DC lá da Panini (então deve ser ele que gerencia o boletim? Pode ser, pode ser), e como muitos devem ter desejado vencer, mas não levaram, senti uma pontada de obrigação de dizer o que penso sobre a edição!!! (Hei, rimou morcegão!)

Bem, vamos lá...

Eu gostei da capa, apesar da minha preferida ser a primeira, do Batman cruzando o relâmpago (tanto que foi uma analogia que fiz para o nome do trabalho que postei aqui), mas é bacana e os caras tem que diferenciar um pouco as capas, não?

Enfim, abrindo vemos uma grande página com o Coringa rindo e atirando, um dos quadros da terceira edição de DK, e depois um painel duplo com o Batman e A Robin (Carrie Kelly), com os créditos. Acho que a grande graça disso, que já é até costumeiro em alguns casos, que deve ser para mostrar a granulação da colorização, que é um grafismo bem popular para comics (só ver em quadros do Roy Litchenstein), mais uma imagem da Robin com os créditos nacionais e ai então tem uma pequena introdução BEM bacana do Frank Miller, que ele escreveu em NY 2006.

Nessa intro ele fala um pouco a respeito do choque que um "insano" psicólogo causou na comunidade criadora dos quadrinhos desde os anos 50, e então faz uma analogia de como isso influenciou em seu trabalho. Para ser sincero isso é bem fácil de ser percebido, o fato do Morcego ser muitas vezes criticado e de herói passar a ser temido, fora da lei, MAIS VIGILANTE DO QUE NUNCA, ressalta isso. É uma fuga do Batman amigo da lei do seriado dos anos 60, e uma evolução sombria do Batman que Neal Adams vinha reescrevendo anos e anos antes de DK surgir. O Doutor Bartolomew Wolper, o cara que solta o Duas Caras e o Coringa e aparece sempre dizendo como o Batman é uma ameaça e que é o verdadeiro culpado é uma prova disso. Os próprios mutantes, gangues de jovens perdidos, como se fossem de fatos filhos de uma década transviada e influenciável mostram isso, depois virando Filhos do Batman, influenciados pelo mesmo, mas são muitos mais violentos do que o Morcegão... Essas coisas têm um contexto brilhante, eu só tomei mais nota disso quando realmente li essa introdução e reli a história pela, sei lá, vigésima vez. É mais um dos detalhes que engrandecem DK!!!

Depois dessa introdução, aparece aqui uma coluninha escrita por James Olsen, que pelo meu ver, é uma forma de evolução do Jimmy Olsen, que assumiu o lugar de seu mentor, Perry White e foi mais além!!! Nesse texto ele fala sobre um bar secreto em Metrópolis, cheios de figuras de ex-heróis e vilões envelhecidos, chorando as mágoas pelos dias que se passaram, em um bar gerenciado pelo que parece ser um Ajax na pindaíba. Tem até algo que acho ser uma piada a respeito do Hulk, citando que o "proprietário perdeu seu tom verde, passando agora a estar acinzentado" e etc.

Então começa mesmo a HQ. Só citando que as capas foram substituídas por painéis desenhados pelo Miller, que são bacanas, em maioria PB mesmo. AS capas foram minimizadas e colocadas lá nos extras. Sabe, eu não gosto tanto disso, sempre prefiro que as capas fiquem entre as edições, pois elas tem a intenção de transmitir o conteúdo de cada uma, tudo bem que DK é velha pra cacete e praticamente 99,9999% de quem comprou ou vai comprar é macaco velho (pra gastar 70 paus em HQ também, só sendo), e conhece a história de cor, mas anda sim acharia mais bacana... Devem ter seguido com certeza o design oficial, mas enfim, é só pra ter O QUE RECLAMAR que eu to falando isso!

Sobre a tradução, eu diria que mudaram pouca coisa. Não estou em mãos com meu exemplar antigo, que está com uma amiga minha emprestado (desde Dezembro, vê se lê dona Carmella!!! Que é legal!), mas acredito que o que mais mudaram foram algumas expressões que nas primeiras traduções foram perdidas na primeira versão (como por exemplo, na última fala do gibi, Batman manda Robin sentar com postura, na tradução inicial, ele apenas a manda ficar sentada, mas agora substituíram por "costas retas", o que é um tom diferente, eu sempre pensei que ele tava dando uma relaxada para a Carrie, mas agora vejo que ele ainda sim, depois de tudo, está mantendo a linha de durão), e também sendo mais explícitos nos palavrões, que agora tem PORRA, CUZÃO, PUTINHA e etc, que anteriormente haviam sido "amenizados"... Não sei por que, acho que é porque na época a HQ era mais baratinha, crianças poderiam comprar (apesar de, creio eu, ter uma contra indicação), e pra ninguém ficar reclamando que tinha linguagem imprópria e acessível a crianças. O que é, pelo perdão da palavra, uma bosta de uma desculpa. Felizmente, manterem o que eu mais gostava em termos de gírias: FERRO NA BONECA!!! Porra, eu adoro essa cara, vou passar a usar no dia-a-dia! "Eae Tadeu, vamos fazer um churrasco amanhã?", "Claro pai, é FERRO NA BONECA!!!" Uma coisa a se salientar é que refizeram algumas placas e outras coisas que apesar de escritas estão no desenho e em inglês, ficou muito nítida a edição, o que só é um ponto a ressaltar, porque fizeram o básico e necessário, mas ganhariam estrela dourada se tivessem deixado um pouco mais opaco para combinar com o clima mais sujo das cores e traço. Lembro de uma parte, que eu ria na primeira edição, que é quando Batman aparece para os Filhos da Puta, ops, do Batman, e fala para eles não usarem ARMAS, então aparece um quadro dele gritando "NO" no original, que anteriormente, só acrescentaram um pequeno a com tio no MEIO das letras para fazer NÃO! Mas agora arrumaram isso, para um NÃO do mesmo tamanho...

Enfim, a edição é ótima, nessa edição, vou prosseguindo para.. A MERDA...

Quando acaba a edição de DK1, tem uma página em preto. Você sabe o que significa. É o óbito de uma boa história e o renascimento de uma MERDA. É incrível como em um só volume, colocaram uma das MELHORES histórias em quadrinhos já feitas e impressas e depois uma das mais FEDORENTAS E HORRÍVEIS já imaginadas. E que ambas fossem desenvolvidas pelo mesmo criador.

Bom, começa com um texto interessante feito pela Vick Vale (bom, na verdade o Miller através da personagem), sobre o funeral do Bruce e etc. Esse texto é muito bom para ter sido colocado na parte do DK2, por que demonstra bem o valor do Batman e que sua morte acarretou.

Ai começa a merda.

Rapaziada, como posso dizer isso, a não ser como uma merda? Deixe me contar a história. Muitos anos depois de fazer DK, Miller teve o saco enchido para fazer uma seqüência. Um dia ele se encheu, e fez. Mas fez de uma forma tão merdosa, que era pra TODO mundo se arrepender de ter enchido o saco dele.

Os desenhos estão beirando... Sei lá... Meu, sem palavras. Ele fez Cartoon, ele quase fez com aqueles palitos que crianças (e eu) sabem desenhar. Todos os personagens foram traçados simplesmente rápidos e sem o menor amor, é como se o Miller tacasse um "FODA-SE QUERO ACABAR COM ESSA MERDA RÁPIDA" e fez sem o menor cuidado. Na primeira edição a gente vê que há um padrão de 12 quadros por página que são remodelados dependendo das cenas, aqui isso foi pro saco. Parece que ele queria criar um ritmo frenético e meio de internet, porque não tem formatação nenhuma, cada cena aparece um monte de quadro com um monte de filhos da puta falando um monte de merda, pipocando e estragando a coisa toda.

E quanto às cores? Olha, usaram todos os efeitos mais ridículos do photoshop para fazerem essa edição. Isso é sério, parece montagem de fundo de quintal!!! Que cores combinam com o Batman? PORRA, TODAS EM UM CARNAVAL DE EUFORIA!!!

O que me deixa puto é que tem muitas coisas BOAS em termos de idéias aqui.

Depois de vermos o Batman se arrumando com umas pessoas dizendo do nada sobre o mundo estar na merda (E só terem se passado 3 anos desde que os anos 80 acabaram e o mundo virou 2020 Cyberpunk), aparece uma cena que eu acho bem legal, do Eléktron lutando em um mar como que eu pensei serem germes ou bactérias que ele comia para viver, ai então cai o botão dele de alteração de tamanho e ele fica gigante, revelando estar em uma placa de petri com criaturas de microbiologia marinha (preferia os germes mesmo), o que é bem legal...

Carrie Kelley, a Robin virou uma espécie de Pusycat-doll, virando a Moça gato... Que é uma merda. E o salva com seus patins a jato.
Depois aparece o Super, muito mais descaracterizado... Aliás, descaracterização em assa, mesmo para os padrões que o Miller estabeleceu em DK...

Depois vemos que o Presidente dos EUA é uma imagem de computador (o que me lembra Equilibrium... Eu gosto desse filme, enfim), e que o Lex Luthor que está no controle. E meu, Lex Luthor virou uma mistura de Quasímodo com Ephilates. Ele ta deformado cara, meu, que merda sem sentido.

Então os Batboys, alguns filhos de Batman fazendo um esquadrão atacam um laboratório com a Moça Gato para salvar o flash Barry Allen. É legal que o Eléktron usa o efeito entropia para livrar das defesas computadorizadas, é um treco bem louco isso que é difícil de explicar, enfim, o Barry estava em uma roda, correndo sempre para gerar eletricidade para o país todo. O que é, sinceramente, animal. Dá pra ver qual é a jogada? Várias idéias interessantes que são desenvolvidas com desenhos, diálogos e cores horríveis...

Passamos para uma parte em que vemos que quase todos os heróis tinham coisas em poder de Lex Luthor com Brainiac, como reféns: a mulher de Flash, a irmã do Capitão Marvel, e etc.. Até Kandor, com os Kryptonianos. Então sei lá, o que era tema recorrente em outras HQs, sendo que eles poderiam simplesmente LUTAR para salvá-los, como sempre acontece, virou uma espécie de às na manga do Luthor. Tudo bem até aí dá para relevar, faz até um POUCO de sentido... Mas é meio fraco...

Super é ORDENADO então a ir até a caverna e leva uma sova do Morcego e dos novos aliados. Aliás, o super em TODO esse gibi é tratado como se fosse o MAIOR RETARDADO DO MUNDO!!! Isso é até mais desrespeitoso do que as ofensas do Garth Ennis em relação a TODOS OS OUTROS HERÓIS (tendo em vista que ele GOSTA do Super e odeia todo o resto), sendo que em DK, na verdade, o problema é a diferença ideológica de Bats e Sups exaltada até a casa do milhão!

A edição seguinte começa com desenhos MAIS CARICATOS (sim, nem é mais cartoon é caricatura já), de pessoas falando merdas do nada com umas putinhas virtuais disfarçadas de heroínas.

Em seqüência tem uma cena mais ridícula. Batman INVADE a torre de Luthor, surra ele e todas as pessoas que estão lá, fazendo isso facilmente, MUITO FACILMENTE (tudo bem que ele se sente no topo do mundo, mas foi boiada demais, no DK tudo é difícil e dá para ver o esforço atrás disso), e usa uma capa cortante para fazer um Z de ZORRO NA CARA DO LEX LUTHOR!!! PQP! QUE MERDA!!! Ele faz isso com sangue nos olhos, e cara, é tosco demais.

Depois aparece a MM TREPANDO COM O SUPER, porque, sei lá, parece que ela dá pra ele faz tempos e tem uma filha, e eles trepando causam terremotos e o caralho a 4. Eu lembro disso em Miracleman, quero dizer, trepadas de supers, então, aqui tem um contexto mais destrutivo. Com eles sacudindo a terra... É até interessante ver isso, se, sei lá, saem tão fora de contexto, trepando e o resto do mundo se fodendo, quero dizer, isso que você espera das pessoas normais, não de supers...

Então o Luthor manda o Super lidar com isso de novo, mas ai pelo que entendi, eles lançam uns ataques para distrair o Bats, é Brainiac, mas enquanto isso o Bats ta ocupado com outras coisas, ele vai pegar o Homem Borracha.... O Eel O’Brian... E meu, que merda, ele virou um cara psicótico maluco com sede de sangue, chega a ser ridículo. E no meio aparece um cara dizendo ser o Coringa matando uma galera...

Vou acelerar essa bodega.

Os heróis tomam uma sova do Brainiac, ridículo, com um monte de FDP falando um monte de MERDA no meio da ação, totalmente sem sentido e não venham falar que eu não entendi que eu entendi e achei uma merda galopante. Aparece a filha do Super, e no meio da zorra toda que o Brainiac causou, as pessoas ficam loucas e acontece OUTRA coisa bacana que poderia ser melhor aproveitada. Que é o Batman ressurgindo e aproveitando o modismo dos Supers para controlar a galera e conseguir uns aliados.

Volta para a terceira edição. O Lanterna verde recebe uma mensagem, sendo que ele estava transformado em um bicho muito escroto, aliás, ele lembra o Brainiac, que virou uma tartaruga ninja sem casca com aquele Robô Galinha do Robocop. E tipo, sei lá, ele virou um et desses, comeu uma etoa muito feia e tem um etfilho que parece um girino da putaquepariu.

No meio do caos, Super e Lara (a filha dele com a MM), recebem umas ordens do Batman que tinha deixado um treco no super durante a surra. Meu, o super consegue ler DNA e não consegue sentir isso? Enfim, ele manda os dois lutarem com uma ajuda do pessoal dele, só que Luthor aparece e captura o Batman (que estava transmitindo para os dois);

Tem mais umas merdas, merda, merda, merda, coco cagado de passarinho avoado, merda até que aparece o Luthogro surrando o Bats. Enquanto isso o Lanterna se prepara e destrói todos os satélites bélicos que estavam apontando para o planeta e estavam sendo usados como moeda de barganha pelo Luthor.

Ai acontece um treco BEM legal, que voltou a ser abordado em Grandes Astros Superman, que é quando a Lara liberta os Kandorianos com a ajuda do Eléktron, o que é bem legal porque eles começam a ficar com o s poderes dos Super e milhões de Kandorianos destroem o Brainiac. (porque não pensaram nisso antes, pó, até com a super velocidade o super poderia fazer isso).

Então um Thanagariano, filho de Shayera e Carter vem apara vingar os pais mortos por Luthor... O matando...

Ta tudo muito bem, tudo muito legal, quando o cara lá que se intitula o Coringa invade a caverna. E “OH MY GOD”, quem vocês acham que é o Benedito? É a PORRA DO DICK GRAYSON!!! É O ROBIN FILHO DA PUTA!!! Cacete meu, que merda, é uma das seqüências mais coitadas de merdas de toda a história, do Robin bichinha reclamando que o Bat o deixou, e que ele fez um processo químico pra virar imortal... Cacete... QUE MERDA, QUE MERDA! Ai então ele luta com o Batman e o Batman fala um MONTE DE MERDA do Dick, fala que ele é fraquiho, sem tutano sem garra e bla bla bla, sendo que isso não tem NADA A VER com DK, em que ele tem uma desavença com o Dick, mas tem aquele espaço natural entre ambos e ele até fala durante a seqüência do tanque sobre o Dick com saudosismo total...

Ele simplesmente arranca a cabeça do Robin, que cola ela de volta e pula com o Batman para o Magma no fundo da caverna...

E ai o super salva o Bats, pronto acabou, não quero mais resenhar essa ABOMINAÇÃO!!! FILHO DA PUTA!!! FILHO DA PUTA É MUITO MERDA!

Porra, eu nem sei quantas vezes eu falei a palavra MERDA para descrever essa história... Como eu disse tem até idéias legais e uma estrutura que funcionaria, mas foi totalmente de má fé e má vontade que o Miller fez. Sabe, eu acho muito melhor ele não ter feito isso do que fazer só por má vontade... Ou para comprar um apê em NY. Pior que tudo bem, deu para entender o que ele quis e por isso até dá para relevar que é uma crítica e bla bla bla... É um desses gibis que são ruins, mas são históricos, então eu digo que é ruim e tudo mais, mas se você quiser saber mesmo, só lendo e não regurgitando.

Enfim... Vamos aos extras.

Aos extras... De DK um tem um texto do Miller e várias imagens BEM INTERESSANTES, sobre a abordagem dele para o Batman, mostrando várias idéias que ele tinha que depois foram usadas em ano um.

Tem uma galeria de capas... E umas imagens desenhadas pelo Miller para fazerem os Bonecos de DK e DK2, pior que os desenhos pros bonecos de DK2 são melhores que os do gibi. Caraça, se o Miller quiser honrar sua situação, deveria refazer DK2, sei lá, tenho medo dele fazer mais merda... Mas enfim...

Tem mais um texto dele, mas só texto escrito para bolar as idéias. Então imagens das páginas cruas e com arte final.

De DK2 só desenhos.

Bom, tenho que dizer que estou feliz de ter esse encadernado. É um trabalho bem feito, não vi muitos erros (o que me lembro foi uma vez chamarem o Merkel, um braço direito do Gordon que NUNCA aparece de frente ou fora das sombras) como Markel, mas isso é erro de digitação, uma pena ter escapado... Acho que o Oggh poderia ter feito um texto a respeito da edição, e inserido, porque seria bom uma visão editorial a respeito do sucesso que DK sempre foi principalmente essa sendo a quarta ou quinta edição lançada.

Dizendo isso, encerro feliz por ter DK e infeliz por ter lido DENOVO DK2, mas muito mais feliz do que furioso hahahaha! Hasta luego amigos!




Edit: Como escrevi isso ontem e fiquei sabendo de umas coisas hoje, posso dizer que já sei o que rolou com o Gonçalo (o Prático amigo me contou) e também finalizei essa bagaça do Contra 3, coisa que eu nunca tinha feito hahahaha Claro que tive uma ajudinha do save state do emulador!!! É bacana, mas pqp, era foda até no EASY!!! Mas de boa, nada supera Captain Tsubasa, o jogo dos Super Campeões, juro por Deus, é FUTEBOL COM RPG!!! E o PC é tão apelão quanto as do PES!!! Caceta, é isso ai!

segunda-feira, maio 11, 2009

Watchmen 2 – Trailer description

- I don't know who made this image, but, holy shit, thanks for making it, it's awesome!


Hello my dear fellas, as you can see this is my first english post (I don't know HOW MANY of them I'll make, but, one is always the number we start!!! Hooray Captain Obvious!!!), and I had to say that what I bring to you is one of the most hidden secrets of Hollywoodland. A trailer for Watchmen 2. YEs, some executives of Warner made a secret trailler for a sequence of the movie, IF the first one made well on the theaters. As some actors said they had contracts to made ANOTHER MOVIES (who are supposed to be prequels or spin-offs), but Snyder jumped of any kind of sequence made for this movie, they had to improvise while the first one was being played. And then the project was sent to the Phantom Zone until someday they desire to made it.

I guess they made a kind of silent pact, the ones who worked for this, but, a friend of mine who worksfor you-know-who-if-you-don't-know-is-better-keep-that-way discovered it and then sent to me. I trully wanted to put this shit on the youtube or something like that, but to be honest with you all, I don't know yet who to rip of a Blu-Ray disk (DON'T ASK ME WHY HE SENT ON BLU-RAY!!!) , and don't trust NO ONE to make this for me, I decided to describe the ENTIRE SECRET TRAILER here. Bedides I know a little about copyright directs and that spy stuff and I don't want to go to the jail or have my PCs kicked and cracked like what happened with the guys who released the unfinished Wolverine movie in the Internet.

SO JUST BE GRATEFUL FOR AT LEAST HAVE THE DESCRIPTION OF IT AND KNOW THAT THIS ABOMINATION WILL FUCKING NEVER BE BORN!!!

So...


- The worse nightmare you can have is the one that you have to sleep to try to forget.


Watchmen 2


After the advertisement messages, the trailer begins with a close at Veidt’s face.

Fade to Black, emerges a text:
The ambitions of Veidt went way too far…

(A loud and grave tone sound, while the screen still black).

The images shows a lots of souvenirs of Hollis Mason, old Minutemen toys, the cover of Under the Hood and “The Murder of a Hooded Hero by Daniel Dreiberg” (should be a book that Dan made about the death of Hollis Mason), as so a DVD of the Black Freighter.

Voice over of a Man:
"When we agreed with him... we'd expected he did all that for the world..."

Voice over of a Woman:
"We didn't expect... this..."

The image turns showing a room, until we see two old people sit in a couch, almost on their 60 years, watching a giant Plasma TV. They are Nite Owl 2 and Silk Spectre 2/Leather Jacket! Then they look each other with fear...

In the TV we see an old (but not appearing THAT OLD, with a face with no Crow feet or this kinds o f things) Adrian Veidt. The subtitle says only: "Adrian Veidt for President".

Changes to the image of Veidt’s speech:

Veidt:
"We are..."

Now the image changes (while Veidt talks), to some fight scenes of thugs against a strange man dressed like Rorschach, but fighting with a mix style of Rorschach and Silk Spectre.

Veidt (voice over):
"for right and direct..."

A Image of many mutant animals walking over a giant Field in the heart of the Artic.

Veidt (voice over)
"the true Watchmen form the freedom"

The Image turns again to the Olds Dan and Laurie...

Laurie:
What do you think we should do about him?

Dan:
"What could we do? He’s already taken his decision"...

Came back to the Rorschach figure, spanking a last bandit… The cam stays in him, down, some feet above his head, floats the Owlship…

Various images of Adrian Veidt on the TV.

Reporter Narration:
"And the CEO of the Veidt companies the greatest companies in the world has entered for the presidential run. Is expected that he win with 75% of advantage.."

Close at the New Rorschach’s face...

Rorschach 2:
"Who killed Hector Goddfrey..."

Now moves to an image of the Olds Dan and Laurie, next to that new Rorschach... Who take off the masks and say...

Roscharch 2:
"Dad?"

The scene comes back to Veidt: He’s at Karnak base, watching multiple screens forming a giant screen iMax sized…

Veidt:
"Hmmmm If I create a secret Manhattan..."

(The music comes to an epic tone)

The images changes again, showing a beauty woman spanking some cops, and then Rorschach 2 appears next her:

Rorschach:
"Who are you?"

Mysterious Woman:
"Who the hell you think I am Spotty? I am Leather Jacket 2!!!"

The scenes changes to a complete different New York, a more Hi-tech one. We see the name as NEO York, a city that had been rebuild after the Manhattan attack.

Then it changes again to Laurie arguing with Dan alone...

Laurie:
"Why did you tell so many histories of you and Rorschach? He... always wanted to be your partner... Oh my little Edward..."
Now showing the old Daniel shouting to the soon, who only makes a cynic face.

Dan:
"Where the hell you found this Mask?"

Ed/Rorschach 2:
"E-Bay".

And then a great number of mixed images appears one after another. Fight scenes of Rorschach, images of the Black Freighter and the Watchmen game, more scenes from the first movie…

Then the screen turns black

Narration:
From the Visionary Director...

Changes to an Image of Veidt, now old, entering in a chamber for the Intrinsic Field Generator (the same as Jon Osterman entered), then black again:

Narration: :
OF POSTAL, BLOODRAYNE and SONIC (rumored at IMDB to 2011) UWE BALL…

Some floating cars cut the sky of Neo York, then appear an image of Burgers N' Borsch... So it changes to Laurie...

Laurie:
"We have to bring Jon back!!!"

More old scenes of Nite Owl 2 and Rorschach, in the sixties, arresting Big Figure...

Narration:
With scripts of the Ultimate Comic Book Writer Jeph Loeb, and concept arts of master Rob Liefield…

Now turns to some images of Veidt on the TV, as in a presidential run campaign.

Veidt:
"I'll candidate myself as the first president of the World. ONE WORLD, ONE DEAL, ONE PRESIDENT!!!"

Black again…

Narration:
Brings to you... in this summer, the most astonishing sequence ever made…

The scenes are changing quick, but we can see flashes of many wire-fights, flights with Archie. Sex scenes with Rorschach and Leather Jacket 2, A Nixon’s Head, alive in one bottle... Some painted walls written “Who watched the watchmen”, many scenes of Veidt in a kind of Egyptian Harem with many strong and semi-nude guys. Fight, madness, masks, super-hero vintage stuff…

Fade in black…

Narration:
Watchmen 2... Who still watch them???

Then, the music becomes quieter and quieter… So we see an image of Earth... than a zoom out and we see a martin landscape, so as a giant glass castle, then the backs of a red haired man in a coat, watching the world…

Kovacs:
"Hurm..."

Fade in black once again...

The logo appears...

WATCHMEN 2 - 2012...

segunda-feira, maio 04, 2009

O Cavaleiro das Trevas

- Ou é o Batman ou o Pardalman, equilibrando-se assim em um fio de luz!!!

Olá pessoas! Como bem disse, iria colocar mais algumas coisas que escrevi, só que mais antigas, para manter o blog rodando. Ainda não escrevi nada de novo, mas tenho bastante coisa para ir colocando aqui. Bem, ano passado fomos presenteados com um filme que até agora é um sucesso, que é Dark Knight, o Cavaleiros das Trevas, um filme do Chris Nolan com o Christian Bale como Batman.

Quem lê meu blog (sei lá quantas pessoas, FINALMENTE coloquei aquele treco de contar visitantes então vou tirar uma boa média... ta lá no fundo junto com o buscador, não sei mexer em HTML, vai ficar tosco mesmo por enquanto!!!), deve ter visto minha crítica ao filme de Spirit, e de como o criador de uma história tão boa quanto essa (Frank Miller), iria decair até tal ponto.

Aqui está uma análise que eu fiz para a aula de Teoria da Comunicação alguns anos atrás, ela analisa a persona do Batman construído na obra, bem como um contra ponto com o Coringa (seu arqui-rival) e o super homem (que é uma espécie de antagonista nos meios e significados, apesar de estarem no "mesmo lado" por assim dizer), como é um trabalho acadêmico (apesar de eu ter nem 20 anos quando fiz), coloquei umas imagens para ir aliviando a quantidade de texto inserido (poisé, todo mundo gosta de textos com figuras, principalmente o povo que lê quadrinhos! hehehe).


- Ia Fácil nessa modelo. Ainda mais com eses gibis!!! hehehehe

A Sombra Através do Relâmpago:

Uma análise de Batman - O Cavaleiro das Trevas


- Obra Prima. Sinceramente, obra-prima MESMO!



Criado em 1939 por Bob Kane, Batman é um dos personagens que nascerem a beira da mitologia moderna dos Quadrinhos. Diferente dos outros super-heróis que nasceram nessa época, Batman gera um fascínio maior por parte de sua caracterização, desvinculada dos signos normalmente associados as lendas do mito do herói, traz a nossos olhos uma proximidade maior com nosso “ser humano” interior. Utilizando uma das mais clássicas histórias do personagem “Batman: O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller, tentará ser traçado nesta análise um perfil sobre sua figura heróica, em uma comparação com seu maior inimigo, O Coringa, e outro dos maiores heróis de sua época, o Super-homem.



- Bat Macumba Hei Hei! Bat Macumba Oba!



A Piada Final:

A Sombra da Comédia e da Tragédia


- Oi, sou o Coringa de Dave McKean, de Batman Asilo Arkham, mas queridos, vim aqui prestar uma homenagem ao meu próprio "eu" que tem que lídar com um Morcegão tão divertido! Ele é velho e quase letal! HAHAHAHAHA QUE PIADA HAHAHAHAHA!!!



Em seu gênese, Batman representa com fidelidade parte do ciclo do herói: como uma onda turbulenta, o destino o arremessa para dentro de um ciclo que muda totalmente sua vida. Neste caso, presenciar a morte violenta de seus pais por um ladrão/assassino comum foi um abalo tão violento na psique do pequeno Bruce Wayne, que isso o levou a uma busca para poder se sentir aliviado desta dor. “Numa palavra: a primeira tarefa do herói consiste em retirar-se da cena mundana dos efeitos secundários e iniciar uma jornada pelas regiões causais da psique, onde residem efetivamente as dificuldades, para torná-las claras, erradica-las em favor de si mesmo (isto é, combater demônios infantis de sua cultura local) e penetrar no domínio da experiência e da assimilação, diretas e sem distorções, daquilo que C. G. Jung denominou “imagens arquetípicas”. (...) Os arquétipos a serem descobertos e assimilados são precisamente aqueles que inspiram, nos anais da cultura humana, as imagens básicas dos rituais, da mitologia e das visões.” (Campbell p. 27). A Saída que Batman encontra é lutar contra o crime. Ele então passa a viajar pelo mundo em busca de qualquer um que possa lhe dar algum ensinamento que será de valia em seu combate contra o crime. No aspecto de seu “nascer” heróico, ele consegue se igualar a tantos outros mitos, passando por um período conturbado em sua vida, onde logo lhe é mostrado o caminho o qual seu destino foi traçado. “(...) A criança do destino tem de enfrentar um longo período de obscuridade. Trata-se de uma época de perigo, de impedimento ou desgraça extremos. Ela é jogada para dentro, em suas próprias profundezas, ou para fora, no desconhecido; de ambas as formas, ela toca as trevas inexploradas.” (Campbell, p. 316)


- Sério, se lerem, vão entender a esolha do Jack Nicholson para o primeiro filme do Batman, o do Tim Burton!



As semelhanças com o mito do herói parecem acabar por aí. Em sua busca por um meio de esconder sua identidade, Bruce Wayne se espelha no morcego, criatura que temia em sua infância, para poder levar terror ao coração dos bandidos. Diferente dos outros heróis que agregam um amontoado de valores ditos “positivos”, Batman se mune do mais puro arsenal “negativo”, isso ainda se acentua mais quando comparado com seu arqui-inimigo, o Coringa. Batman representa as sombras, que funcionam como seu habitat natural; o escuro, aonde ele se sente mais confortável e por onde ele age; o medo, que ele usa para poder assustar os bandidos, se tornando uma perfeita lenda urbana; e o morcego, uma criatura notívaga que no imaginário popular esta ligada aos vampiros, a noite e outros aspectos negativos “O negro é, para algumas pessoas, a imagem arquetípica da ‘criatura primitiva e sombria’, portanto uma personificação de certos conteúdos do inconsciente. Talvez seja esta uma das razões por que o negro é, tantas vezes, rejeitado e temido pela gente branca. Nele o homem branco vê, diante de si, a sua contraparte vivo, o seu lado secreto e tenebroso (exatamente o que as pessoas tentam sempre evitar, o que elas ignoram e reprimem).” (Jacobi, Jolande, p. 300). Em contrapartida o Coringa carrega tudo o que é oposto ao Batman: sua face, assim como suas vestes, são brancas, seus trejeitos são alegres, pendendo para uma certa “alegria” cômica, e a maioria de seus armamentos são disfarçados com temas infantis – como bombas em formato de bonecas, ou algodão doce envenenado – demonstrando este aspecto de sua psique. Para ficar mais evidente a dualidade destes dois antagonistas, em Cavaleiro das Trevas, Coringa permanece dez anos em estado catatônico, o mesmo período que o Morcego se mantém recluso de sua vida de vigilante, retornando a si quando este volta a combater o crime. Através de todos estes apontamentos nas características que compõe os dois personagens é possível ressaltar que todos os detalhes que se agregam ao Batman, o “herói”, são voltados para uma simbologia que se desprende a aquela imortalizada no mito do herói tradicional, sendo que, na verdade, estes símbolos heróicos em sua maioria se mostram presentes na compleição do Coringa. Em um olhar mais profundo, é um puro embate entre a tragédia e a comédia. “A tragédia é a destruição das formas e do nosso apego às formas; a comédia, a alegria inexaurível, selvagem e descuidada, da vida invencível. Em conseqüência, tragédia e comédia são termos de um único tema e de uma única experiência mitológicos, que as incluem e que são por elas limitados: a queda e a ascensão (kathodos e anodos), que juntas constituem a totalidade da revelação que é a vida, e que o indivíduo deve conhecer e amar se deseja ser purgado (katharsis = purgatorio) do contágio do pecado (desobediência à vontade divina) e da morte (identificação com forma mortal).” (Campbell, p. 34-35). Batman então se torna um herói mais humano, pois sua luta contra o Coringa pode ser lida como uma singela metáfora do trágico percurso da vida: “O final feliz é desprezado, com justa razão, como uma falsa representação; pois o mundo – tal como o conhecemos e o temos encarado – produz apenas um final: morte, desintegração, desmembramento e crucifixão do nosso coração com a passagem das formas que amamos” (Campbell, p. 32).



- Falar o que? Sério, FALAR O QUE? Quem não gostou da caracterização, não entendeu nada! Tem que voltar pro prezinho e cantar cai cai balão com a tia até aprender direitinho!



Um ponto a se ressaltar na personalidade do Homem-Morcego: ele é um dos poucos heróis a possuírem um ajudante mirim. No caso de Cavaleiro das Trevas, Batman já teve dois ajudantes erguendo a capa de Robin: Dick Grayson, que por certos atritos não fala mais com ele, e Jason Todd, que por alguma razão, fora morto, sendo esse o grande motivo do vigilante ter deixado de atuar. “Gilgamesh tocou o coração de Enkidu, mas ele já não batia; seus olhos também não tornaram a se abrir. Gilgamesh então cobriu o amigo com um véu, como o noivo cobre a noiva. E pôs-se a urrar, a desabafar sua fúria como um leão, como uma leoa cujos filhotes lhe foram roubados. Vagueou em torno da cama, arrancou seus cabelos e os espalhou por toda parte. Arrancou seus magníficos mantos e atirou-os ao chão como se fossem abominações.” (A Epopéia de Gilgamesh, p. 133) É evidente que a dor de um companheiro sentida pelo lendário Gilgamesh, rei de Uruk é análoga à dor de Batman, porém, como Enkidu, Robin não é só um companheiro, mas alguém a quem o protagonista tinha como um irmão de sangue, uma visualização de si mais pura. Quando Carrie Kelley, a nova Robin assume o manto, é de se notar o modo como Batman age a seu respeito: proteção e educação. Esta faceta representa o lado do herói que serve como inspiração as pessoas, mas neste caso, Batman encontra uma alma que estaria tão perdida como a dele quando era pequeno, cuidando para que esta não se torne alguém tão ambíguo como ele. Diferentemente do Coringa, que pouco parece se importar com outras vidas humanas, Batman no fundo é uma personagem que não deseja ver a morte – ou causar – a morte de ninguém, e é nesse ponto que conseguimos detectar quem é o herói. “A batalha entre o herói e o dragão (visto aqui como o Coringa) é a forma mais atuante deste mito e mostra claramente o tema arquetípico do triunfo do ego sobre as tendências regressivas. Para a maioria das pessoas o lado escuro ou negativo de sua personalidade permanece inconsciente. O herói, ao contrário, precisa convencer-se de que a sombra existe e que dela pode retirar a sua força. Deve entrar em acordo com seu poder destrutivo se quiser estar suficientemente preparado para vencer o dragão – isto é, para que o ego triunfe precisa antes subjugar e assimilar a sombra”. (Henderson, p. 120). Apesar de demonstrar uma profunda raiva contra o Coringa, aparentemente desejando a sua morte, ele não consegue o fazer. Torcendo o pescoço do palhaço parcialmente em um túnel do amor – uma metáfora para a relação profunda e conflituosa entre os dois – ele consegue resgatar parte de sua força interna, se contendo no instante em que iria quebrá-lo. Ensandecido, Coringa resmunga algo a respeito da fraqueza de Batman em matá-lo, e torce o restante que faltava para morrer, simbolizando que, no final a tragédia que do morcego não conseguiu vencer a força de sua comédia. “O final feliz do conto de fadas, do mito e da divina comédia do espírito deve ser lido, não como uma contradição, mas como transcendência da tragédia universal do homem. O mundo objetivo permanece o que era; mas, graças a uma mudança de ênfase que se processa no interior do sujeito, é encarado como se tivesse sofrido uma transformação” (Campbell, p. 34)



O Deus e o Homem:

A Sombra da Capa Vermelha


- Round one, FIGHT!



Amo todos Aqueles que são como gotas pesadas caindo uma a uma da nuvem escura que pende sobre os homens: eles anunciam que o relâmpago vem, e vão ao fundo como anunciadores. Vede, eu sou um anunciador do relâmpago, e uma gota pesada da nuvem: mas esse relâmpago se chama o além-do-homem” (Nietzsche, p. 212).


- TOMA NA FUÇA SUPEROMI!!!


Das idéias de Nietzsche, o mito do sobre-humano (ou Übermensch, no original) concebe um homem além-do-homem. Um ser que está acima da humanidade em si, com poderes e conjecturas acima de nossas questões supérfluas. Sintetizados por Jerry Siegel e Joe Shuster, estes conceitos deram origem ao primeiro herói sobre-humano dos quadrinhos: o Super-Homem. Com poderes titânicos, ele mais se aproxima de um deus do que a de um homem.



- "Você deu a eles o poder que deveria ser nosso..."


Sendo o responsável indireto pela criação do Batman, traçar um contraste entre os dois é algo extremamente simples. Diferente do Homem-Morcego, o Super-Homem é carregado de simbologias que correspondem perfeitamente a imagem e ao mito do herói. Seu uniforme representa nitidamente os Estados Unidos, e todos os valores que os Estadunidenses afirmam ter, como a livre iniciativa, a coragem e o poder (em forma de poderio da nação). O simples ato de voar já pode ter uma grande significância: “(...) O Pássaro é, efetivamente, o símbolo mais apropriado da transcendência. Representa o caráter particular de uma intuição que funciona através de um médium, isto é, de um indivíduo capaz de ter conhecimento de acontecimentos distantes – ou de fatos de que conscientemente nada sabe – entrando num estado de transe.” (Henderson, pg 151). Muitas vezes é também assimilado a Águia, por seus poderes, percepção fina e imponência. A luz também se faz presente, com sua ligação com o Sol, que através de seus jovens raios solares amarelos, alimenta o herói com sua força. No Cavaleiro das Trevas isso se torna claro de se ver: em todos os momentos que Clark Kent (identidade civil do Super-Homem) aparece, o cenário se ilumina, se enche de elementos positivos e as soluções para os problemas são rápidas, ao contrário do Batman, que como já é dito acima, sempre está ligado a sombra e a aspectos negativos.



- Batman é Punk Oi, dá botinada na cara do ícone dos americanos! Só faltou uma correnta estilo "Birdie" (do SFZ)



Batman foi criado por culpa do Super-Homem: vendo que este nicho do mercado de HQ’s estava prosperando, eles trataram de criar um outro herói fantasiado, que seguindo o ciclo cosmogônico de Deus/Lenda-humana, deu origem a criação de Bob Kane. “Chegamos ao ponto no quais os mitos da criação passam a ceder lugar à lenda – tal como no Livro do Gênesis, depois da expulsão do Paraíso. A metafísica é substituída pela pré-história, que é vaga e indistinta a princípio, mas aos poucos exibe precisão de detalhes. Os heróis tornam-se cada vez menos fabulosos, até que, nos estágios finais das varias tradições locais, a lenda se abre à luz comum cotidiana no tempo registrado” (Campbell, p. 306). Como o yin-yang budista, ambos não se dão propriamente muito bem, apesar de estarem do mesmo lado, os métodos de um geralmente não são do agrado do outro. Em Cavaleiro das Trevas, essa posição de ambos é acentuada: enquanto Batman defende a ação dos vigilantes, Super-Homem se põe ao lado do governo, que sancionou uma lei que proibira o vigilantismo. Com medo do que os homens poderiam lhe fazer, Kent prefere ficar ao lado deles como um cão de guerra pronto a seguir qualquer ordem do caricaturado presidente Ronald Reagan. Essa noção de submissão ao governo é vista nas poucas cenas que o Super-Homem aparece agindo como arma de destruição em nome do E.U.A: quando está atacando tanques e aviões, sua silhueta é enegrecida, onde somente sua tremulante capa vermelha é ressaltada, como um estandarte simbólico da guerra. “Consumar é o que eu quero: pois uma sombra veio a mim – de todas as coisas o mais silencioso e o mais leve veio um dia a mim! A beleza do além-do-homem veio a mim como sombra. Ai meus irmãos! Que me importam ainda – os deuses!” (Nietzsche, p. 219).


Ao lado da Superpotência Americana, Super-Homem assume uma postura ditatorial, como se forçasse certos valores de si, colocando-os acima da liberdade dos homens defendidas por Batman. “O tirano é soberbo, e aí reside seu triste fado. Ele é soberbo porque pensa ser sua a força de que dispõe; assim sendo, exerce o papel de palhaço, daquele que confunde sombra e substância; seu destino consiste em ser enganado. O herói mitológico, ressurgindo das trevas que constituem a fonte das formas visíveis, traz o conhecimento do segredo do triste destino do tirano. Com um gesto, simples como pressionar um botão, ele aniquila essa impressionante configuração. A façanha do herói é um constante abalar das cristalizações do momento. O ciclo se desenvolve: a mitologia enfoca o ponto de aumento. A transformação e a fluidez, e não o poder teimoso, caracterizam o Deus vivo. A grande figura do momento existe, tão-somente, para ser derrubada, cortada em pedaços e espalhada pelos quatro cantos do mundo. Em suma, o ogro-tirano é o patrono do fato prodigioso; o herói patrocina a vida criativa” (Campbell, p. 324-325). Com uma vasta gama de super-poderes, beirando a invencibilidade, essa imposição “tirânica” dele significa o avanço da figura Americana sobre o resto do mundo. Para contestar o levante do Morcego, que em meio ao Caos que se encontrava Gotham levanta-se para fazer justiça com as próprias mãos, – uma alusão a qualquer outro país que tente se elevar do caos para atingir certa quantidade de ordem – Reagan ordena ao Super-Homem que este de um fim as atitudes “anárquicas/rebeldes” de Batman.


- Superman, bom menino, tome aqui um ossinho... ops, uma medalha...



Para dar um término em seu ciclo do herói, o Homem-Morcego arma um grande plano: derrotar a maior força deste mundo, e morrer de uma forma heróica. “O último ato da biografia do herói é a morte ou partida. Aqui é resumido todo o sentido da vida. Desnecessário diz, o herói não seria herói se a morte lhe suscitasse algum terror; a primeira condição do heroísmo é a reconciliação com o túmulo” (Campbell, p. 339). Durante a luta é possível se perceber outra característica que separa os dois: Batman planeja todas as ações e movimentos minuciosamente, enquanto o Super-Homem e sua arrogância e prepotência a respeito de seus poderes, simplesmente ataca com socos e pontapés, chegando até a errar um golpe. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas” (Suz Tzu). Super-Homem acreditava que conhecia o interior de Batman, assim como o seu, visto sua crença e seus atos, mas no fim ele traíra a si mesmo e a todos os conceitos que um herói real deveria possuir: ser fonte de inspiração e tentar fazer o melhor para todos, e não para uma facção. “A tarefa do herói, a ser empreendida hoje, não é a mesma do século de Galileu. Onde então havia trevas, hoje há luz; mas é igualmente verdadeiro que, onde havia luz, hoje há trevas. A moderna tarefa do herói deve configurar-se como uma busca destinada a trazer outra vez à luz a Atlântida perdida da alma coordenada. Evidentemente, esse trabalho não pode ser realizado negando-se ou descartando-se aquilo que tem sido alcançado pela revolução moderna; pois o problema não é senão o de tornar o mundo moderno espiritualmente significativo – ou (enunciando esse mesmo principio de forma inversa) o de possibilitar que homens e mulheres alcancem a plena maturidade humana por intermédio das condições da vida contemporânea.” (Campbell, p. 373)


Atordoado com uma flecha de Kryptonita – pedra verde que o enfraquece, como um símbolo da gênese do herói, quando ele ainda era um ser falível, sem ter seus poderes – e surrado por um só homem, Super-Homem sente o jugo por seu desvirtuamento: o Deus padece perante o homem, que seguindo com vigor e virtude, pode vencer até mesmo o sistema que lhe é imposto. Batman então tem um ataque cardíaco e morre, ainda com as mãos marcando o pescoço do super-ser. Porém, a morte foi forjada, mostrando que ainda há uma esperança apesar de tudo. No caminho do herói, mesmo não se valendo dos tradicionais signos que acompanham estes personagens míticos, Batman mostra-se o mais humano de todos, dando uma verdadeira lição no Übermensch de Nietzsche, e reunindo-se com parte da juventude a qual pretende guiar para seguir seus passos, termina sua vida de herói como uma grande morte simbólica, mas ainda sim, mantendo sua lenda para sempre nos anais da história.


O herói moderno, o indivíduo moderno que tem a coragem de atender ao chamado e empreender a busca da morada dessa presença, com a qual todo o nosso destino deve ser sintonizado, não pode – e, na verdade, não deve – esperar que sua comunidade rejeite a degradação gerada pelo orgulho, pelo medo, pela avareza racionalizada e pela incompreensão santificada. ‘Vive’ diz Nietzsche, ‘como se o dia tivesse chegado’. Não é a sociedade que deve orientar e salvar o herói criativo; deve ocorrer precisamente o contrário. Dessa maneira, todos compartilhamos da suprema provação – todos carregamos a cruz do redentor -, não nos momentos brilhantes das grandes vitórias da tribo, mas nos silêncios do nosso próprio desespero” (Campbell, p. 376).


- E Verdade seja dita, ganhei um encadernado do Cavaleiro das Trevas do boletim panini pelo Twitter!!! Legal isso, eu nunca tinha gnaho NADA! A não ser o Mundos Sem Sol do JRP! HAHAHAHA


Bibliografia



- Os Pensadores, Nietzsche, Editora Nova Cultural, 1996, Sobre o Livro: Assim Falou Zaratrustra, Nietzsche, Friedrich


- A Epopéia de Gilgamesh, Texto Anônimo organizado por N. K. Sandars, Editora Martins Fontes, 1992


- O Homem e seus Símbolos,von Franz, M.L.; Jung, Carl G; Henderson, Joseph L.; Jacobi, Jalonde; Jaffé, Aniela, Editora Nova Fronteira, 17ª Impressão


- Herói de mil faces, Campbell, Joseph; O Editora Cultrix/Pensamento – Original: The Hero with a thousand faces, 1949, Princeton University Press


- Sun Tzu, A Arte da Guerra, Editora Record ,24ª Edição, 2001